Material traz informações completas de todos os equipamentos públicos culturais acessíveis na capital paulista.
O guia elegeu os 186 locais que
melhor recebem pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida
Trata-se do Guia Online de
Acessibilidade Cultural, elaborado pelo Instituto Mara Gabrilli (IMG) em
parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, com patrocínio da Sabesp.
O Guia de Acessibilidade Cultural traz 186 estabelecimentos ao todo,
entre teatros, museus, cinemas, centros culturais, casas de espetáculos e
bibliotecas que podem receber qualquer perfil de público – pessoas com
problemas de locomoção, pessoas mais baixas, crianças e todos aqueles que
apresentam uma estrutura física diferente da média, como os 1,5 milhão de
pessoas com deficiência que vivem na cidade de São Paulo.
O Guia já está disponível na
internet, no endereço http://acessibilidadecultural.com.br , que atende a requisitos de acessibilidade, onde também se pode fazer
pesquisa filtrada por tipo de equipamento, região da cidade ou palavra-chave.
“O guia não é só voltado às pessoas com deficiência, já que pode ser muito útil
também para idosos, grávidas, pessoas engessadas, mulheres com carrinho de bebê
etc. São Paulo é sinônimo de modernidade, de atualidade, de transformação a
cada segundo. Por isso lançamos este guia online para que seja consultado e
construído constantemente por todos os paulistanos. Este formato permite também
a integração entre os equipamentos e o público, intermediado pelo instituto””,
afirma Mara Gabrilli, fundadora do IMG.
“A cultura é uma ferramenta fundamental para nosso desenvolvimento, com potencial para trazer transformações que levamos para toda a vida. Permitir que todos tenham acesso a isso, sem distinções, é uma obrigação do poder público”, diz Andrea Matarazzo, que esteve à frente da Secretaria de Estado da Cultura durante a elaboração do guia.
“A cultura é uma ferramenta fundamental para nosso desenvolvimento, com potencial para trazer transformações que levamos para toda a vida. Permitir que todos tenham acesso a isso, sem distinções, é uma obrigação do poder público”, diz Andrea Matarazzo, que esteve à frente da Secretaria de Estado da Cultura durante a elaboração do guia.
Durante três meses, três equipes especializadas em acessibilidade foram a 315
equipamentos avaliar quão amigáveis estes são para pessoas com deficiência ou
alguma outra dificuldade. “Dos 315 equipamentos avaliados, 186 foram
selecionados e integram o guia.”, diz Ariana Chediak, gestora do IMG. São 61
bibliotecas; 3 casas de espetáculos; 37 centros culturais; 11 cinemas de rua;
44 museus e 30 teatros.
Entre estes estabelecimentos, 55 são
localizados no Centro, 31 na zona Leste, 9 na zona Norte, 52 na Sul e 39 na
Oeste. O site também terá espaço para interação dos usuários, que poderão fazer
comentários, sugestões e críticas. “Também será papel do Instituto Mara
Gabrilli, como forma de continuidade ao trabalho, informar os equipamentos que
precisarem de ajustes ou mudanças sugeridos pelos internautas, com o objetivo
de tornar a cidade de São Paulo, no geral, um lugar que receba cada vez melhor
as pessoas com deficiência. O guia é inovador por permitir esta construção
permanente e colaborativa”, completa Ariana.
Todos os locais trazem uma breve descrição, dados de endereço, telefone,
e-mail, site, dias e horários de funcionamento e um item chamado “informações
gerais de acessibilidade” com dados sobre estacionamento e visitação inclusiva
guiada. Também há, para cada estabelecimento, dados específicos por tipo de
deficiência, indicados com ícones que remetem à surdez, deficiência física,
visual e intelectual.
A análise ponderou aspectos arquitetônicos, de conteúdo, de informação, as
tecnologias e a disponibilização de profissionais capacitados para algumas
funções primordiais como intérpretes de libras, guia-intérpretes para
surdocegos e mediação para pessoas com deficiência intelectual. As nuances são
muitas e as avaliações foram feitas se pautando, principalmente, nas
determinações de acessibilidade previstas na legislação brasileira.
Para cegos, por exemplo, o local
precisa ter explicações que sejam compreendidas por meio do tato e da audição
do visitante, como placas em Braille e audiodescrição. Já os surdos, irão
contemplar um programa cultural através de sua visão, demandando a necessidade
de intérpretes em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, que estejam aptos a
recebê-los e passá-los informações.
Os visitantes com deficiência intelectual devem ser respeitados em relação às
suas diferenças cognitivas.
Cadeirantes, anões, assim como idosos, necessitam concretamente de uma
arquitetura amigável que, antes de barrar suas entradas, torne o passeio
agradável. Assim, as rampas são preferíveis aos degraus, as maçanetas devem ser
leves e de alavanca, elevadores devem ter portas automáticas, botões, corrimões
e balcões devem ter mais baixos .
Os próximos passos do Guia Online de Acessibilidade serão a participação de
internautas e equipamentos para inclusão de novas informações. Assim, a partir
de setembro próximo, usuários poderão avaliar a acessibilidade do equipamento
respondendo a um formulário online. Nesta fase também serão lançadas as versões
mobile e para tablets.
Fonte: IMG