Livro: A História das Coisas – O que acontece com tudo que consumimos




Como é bom quando você acaba de ler algo e sente que precisa mostrar aquilo para seus amigos, colegas e familiares! E foi exatamente isso que aconteceu quando terminei de ler A história das coisas: da natureza ao lixo, o que acontece com tudo que consumimos, da ambientalista Annie Leonard. Reconheceu o nome? É ela mesma, famosa pelos vídeos da série “A história das coisas”.
Neste livro, lançado em 2011 pela editora Zahar, a autora aprofunda-se nos cinco estágios da economia – extração, produção, distribuição, consumo e descarte – expondo os impactos causados por esse sistema na natureza, sociedades e nos seres humanos, descrevendo os custos reais (que geralmente não chegam aos olhos do consumidor) das coisas que utilizamos. Você já parou para pensar de onde vem o algodão da camiseta que está utilizando? Como ele é extraído? Que toxinas são liberadas no processo? Onde ela é fabricada? Quanto precisou percorrer até ser comprada? Para onde vai após descartada?





Contudo, duas observações: a maioria dos dados e informações é referente aos Estados Unidos (mas é exposta a situação de alguns outros países em determinados pontos do livro, inclusive a do Brasil). E, como designer, senti falta das ilustrações – tão ricas nos vídeos, e tão escassas no livro – mas que em nada dificulta a compreensão das ideias e o espanto frente a tantas verdades alarmantes.
Ao final, Annie mostra que está ao nosso alcance alterar os rumos e o sistema de compre-use-descarte, expondo mudanças tanto grandes e complexas quanto pequenas (mas essenciais) que podem ser adotadas no dia-a-dia de cada um, incitando a uma reflexão sobre nossas escolhas.

Um trechinho do livro para atiçar a curiosidade:

Há um exercício que faço sempre que dou palestras em escolas. Pego uma lata vazia de refrigerante e a coloco sobre a mesa. “Alguém poderia me dizer o que é isto?”, pergunto. “É uma lata!”, as crianças gritam. Depois, pego uma cesta de lixo, ponho outra lata vazia dentro e pergunto de novo: “E isto aqui?” “É lixo”, elas respondem. Então, tiro a lata da cesta e a coloco junto da outra, na mesa. “E agora?” “É uma lata.” Não existe diferença entre as duas: elas são iguais! Portanto, a segunda lata é considerada lixo não pelo que ela é em si, mas por conta do local em que foi colocada. Ou seja, a ideia do lixo tem a ver com contexto, e não com conteúdo propriamente. (p. 191-192).

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