Projeto tenta recuperar o palmito da Mata Atlântica



Você pode não perceber quando come palmito na salada, pizza ou pastel, mas a árvore que produz o palmito, a palmeira-juçara, é uma das espécies ameaçadas de extinção da Mata Atlântica.
A culpa é da exploração ilegal do palmito, que tem alto valor no mercado. Para obter o palmito, é preciso cortar a palmeira, matando a árvore. Isso fez com que a palmeira-juçara fosse considerada como “Em perigo” na lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente. O risco de extinção também coloca em perigo outras espécies da Mata Atlântica, como o macuco e a jacutinga, aves que se alimentam do palmito.

Para tentar reverter esse quadro, uma iniciativa da Fundação Boticário de Proteção à Natureza está promovendo a semeadura de palmeira-juçara na Reserva Natural Salto Morato, em Guaraqueçaba, Paraná. O projeto conta com o apoio da Polícia Militar, que cedeu um helicóptero. O Batalhão da Polícia Ambiental do Paraná sobrevoou a reserva, lançando as sementes da árvore. Por terra, grupos de voluntários se dividiram e entraram na mata para semear a palmeira.


Assim como a maior parte da Mata Atlântica, a reserva de Salto Morato estava com baixa densidade da palmeira. “Nossa intenção é recuperar parte do ecossistema da região, de acordo com o plano de manejo da Reserva”, diz Gustavo Gatti, coordenador de Áreas Protegidas da Fundação Grupo Boticário. Foram espalhadas na reserva, por ar ou por terra, mais de duas toneladas de sementes.
Ainda falta muito para recuperar a espécie (e a Mata Atlântica), mas quem sabe no futuro, com mais ações como essa, poderemos apreciar o palmito sem colocar em risco a existência da palmeira-juçara.
Fotos: Gustavo Gatti

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