Songdo, a cidade mais inteligente e sustentável do planeta



Estamos vivendo em uma era de mudanças, de conscientização dos povos para evitar a crescente degradação do meio ambiente e dos recursos naturais.
Várias iniciativas estão sendo tomadas em todo o mundo para salvar o planeta da escassez dos recursos naturais, tais como o uso consciente da água e da energia elétrica, pesquisas sobre novas fontes de energia renovável e reciclagem de materiais que antes eram descartados.
Exemplos ao redor do mundo
Em países da Europa e Ásia, o nível de conscientização para o problema está bem alto e é onde percebemos as maiores transformações.
No Japão, a cidade de Fujisawa é um exemplo dessas mudanças. Em fase  final de construção, os engenheiros responsáveis prometem torná-la uma cidade totalmente inteligente e sustentável.
Na China, vários condomínios com propostas sustentáveis estão sendo construídos nos arredores da capital Pequim, em ritmo acelerado. O país em franca expansão econômica e tecnológica, não quer ficar atrás dos seus vizinhos.
Arquitetura, inteligência e sustentabilidade

Na vizinha Coréia do Sul, na cidade de Songdo, localizada a 56km ao oeste da capital Seul, está sendo construída, sobre uma ilha artificial, o que promete ser a cidade mais inteligente e sustentável do planeta.
Iniciada em 2000 e com um custo estimado em US$ 35 bilhões, Songdo é o maior investimento privado do setor imobiliário da história.
A maior parte do dinheiro veio da imobiliária Gale International e do banco de investimentos Morgan Stanley.
O dinheiro é destinado, em grande parte, à criação de uma “rede universal” – que utilizará a internet para ligar não apenas pessoas, mas também objetos, casas e carros.
Conforme a cidade vem sendo construída, o gigante das telecomunicações Cisco está instalando sensores no asfalto, nas ruas e nos edifícios.
Cada um destes sensores enviará dados de forma ininterrupta para um centro de controle, onde informações a respeito dos prédios, da demanda por energia, das condições do asfalto e do trânsito, assim como a temperatura externa e interna, serão coletadas e analisadas.
O cérebro da cidade

A cidade terá um centro de controle que será o cérebro e comandará praticamente todas as ações.
Câmeras de trânsito, por exemplo, vão monitorar quantos pedestres estão na calçada. Desta forma, para reduzir custos, ruas vazias poderão ter luzes diminuídas, enquanto que as movimentadas terão a iluminação reforçada.
Estresses atípicos também poderão ser detectados precocemente em ruas ou estruturas, para prevenir atrasos custosos causados por obras maiores.
Outra inovação foi desenhada para evitar problemas de trânsito enfrentados por todas as cidades: etiquetas com identificação por radiofrequência (Radio-Frequency Identification, ou R Fid, na sigla em inglês) serão colocadas em todas as placas de veículos.
Esses aparelhos serão sintonizados em uma frequência específica e conectados a um processador de baixíssimo consumo.
A etiqueta enviará um sinal se identificando ao controle central. Isso ocorre em menos de um segundo, e quando todos os carros estiverem dentro do sistema, um retrato exato do trânsito na cidade poderá ser obtido em qualquer situação, a qualquer momento.
A tecnologia permitirá ao centro de controle ajustar o intervalo dos semáforos, criar desvios e fornecer alertas mais cedo.
Até mesmo os semáforos terão alta tecnologia, com lâmpadas incandescentes comuns sendo substituídas pelas LED – que necessitam de apenas 1% da energia das antigas para acender.
O elemento que deverá ter maior efeito na vida dos moradores, no entanto, será a tele-presença. As telas serão instaladas em todas as casas e escritórios e até mesmo nas ruas, permitindo às pessoas fazer vídeo-chamadas de qualquer local.
Coração verde

A tecnologia integrada no coração de Songdo é apenas uma parte da história.
O objetivo de uma cidade inteligente é, ao mesmo tempo, criar algo artificial, mas também sustentável, com o mínimo de impacto ao meio ambiente.
O recurso natural mais fundamental para seres humanos é a água. Dados de 2006 das Nações Unidas apontam que, em média, moradores de cidades norte-americanas utilizam 575 litros de água por dia.
Qualquer nova cidade vai aumentar o uso global do recurso, porém um desenho inteligente do terreno, mecanismos de retenção de água da chuva e o tratamento de água “suja” de pias e máquinas de lavar pratos e roupas permitirão ao sistema de irrigação de Songdo usar apenas um décimo da quantidade de água limpa que seria esperada para uma cidade desse porte.
Arquitetura ecológica

Plantar vegetação no topo dos edifícios reduzirá perda de água da chuva e combaterá o efeito “ilha de calor” gerado pelas cidades, uma vez que as plantas absorverão os raios solares e os usarão para fotossíntese, refrescando o ar em sua volta.
Ainda por cima, Songdo não precisará de recolhimento de lixo. Um sistema centralizado de coleta, funcionando por meio de pressão, levará embora os resíduos líquidos e sólidos, dispensando a necessidade de caminhões com lixeiros circulando pela cidade.
Com a população do nosso planeta em constante crescimento, a criação de cidades inteligentes e a evolução dos centros urbanos já existentes parecem inevitáveis.
Além da criação de novas cidades, onde novas tecnologias são parte de um projeto, as grandes cidades existentes devem se comprometer a criar parcerias com os cidadãos e com a iniciativa privada, implementando tecnologias inteligentes e promovendo também a mudança do comportamento das pessoas quanto as questões ambientais, melhorando a qualidade de vida de todos.

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