Tinta térmica reduz consumo de energia em 60% e temperatura em até 20%

Microesferas ocas de vidro são a matéria-prima da tinta térmica produzida pela WC Isolamento Térmico; produto está em alta fora do país e deve conquistar o mercado nacional.



Revestir o telhado com tinta térmica é uma boa alternativa para reduzir o impacto da radiação, a temperatura interna e o consumo energético na refrigeração de ambientes. A WC Isolamento Térmico, empresa de São Bernardo do Campo (SP),  é um dos fornecedores de tinta térmica no mercado nacional. Fora do Brasil este produto está em alta, especialmente porque é um aliado contra o aquecimento global e contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

A tinta térmica é feita a base de água e microesferas ocas de vidro importadas dos Estados Unidos. A tecnologia é da NASA e foi desenvolvida para revestir navios, aeronaves, tubulações e alvenarias em geral, informa Walter Crivelente Ferreira, diretor da WC. As microesferas são células a vácuo, que não permitem a propagação de temperatura e som. O produto custa  menos e é mais sustentável do que a espuma de poliuretano (derivado de petróleo), opção usada no mercado brasileiro em obras de revestimento e isolamento térmico.

Telhados revestidos com tinta térmica chegam a reduzir 60% do consumo de energia elétrica na refrigeração de residências, galpões, prédios, armazéns, entre outros.  “A maior incidência de calor é no telhado”, justifica Walter. O produto também diminui até 84% da radiação no telhado e entre 10 a 15% da temperatura por telha, segundo ele. “ Se o local for bem ventilado, a sensação térmica no ambiente interno se torna agradável, sem precisar de ar condicionado”, garante. O produto também atenua temperaturas baixas.

O preço menor comparado ao da espuma de poliuretano está transformando a tinta térmica em uma excelente opção para o mercado nacional. Em média, o custo do produto aplicado numa área de 600 m² é de  R$ 26/ m² em São Paulo.

“O poliuretano é um material nobre, mas é caro. Custa 50% mais do que a tinta térmica. As licitações públicas, por exemplo, exigem poliuretano nas obras de isolamento térmico”, informa o empresário.

As Nações Unidas estão elaborando novo regulamento para os editais de suas obras, visando adotar materiais de revestimento mais sustentáveis, segundo ele. A tinta térmica será um deles, pois a relação custo/benefício compensa, prevê Walter.

 “As vendas por aqui ainda vão crescer”, afirma o empresário. Por enquanto, a clientela da WC é majoritariamente industrial. A WC atende todo o Brasil, inclusive fazendo a aplicação em outras regiões. Há casos em que o produto é fornecido e a aplicação fica por conta de mão de obra local. A empresa também comercializa espuma de poliuretano.

Opção sustentável
“ Escolher materiais sustentáveis que vão solucionar o problema de temperatura e calor nos ambientes sem agredir o meio ambiente e, ainda, sem usar energia e produtos químicos, é o caminho. As leis vão exigir isso cada vez mais de empresas e indústrias”, ressalta Walter.  Os equipamentos de ar condicionado consomem muita energia e emitem gás na atmosfera, argumenta ele.

A  WC tem pouco mais de um ano de atividade e nasceu da experiência da Frigs Revestimentos Térmicos, com 40 anos de mercado e dirigida pelo pai de Walter. “Resolvemos abrir um novo empreendimento para focar na tinta térmica”, explica o empresário. “Ela é um produto inovador, que não causa problema na camada de ozônio”, enfatiza.

O produto pode ser aplicado em qualquer tipo de superfície. A durabilidade é de cinco anos. Após esse período, é necessário fazer manutenção como as pinturas comuns. (www.wcisolamentotermico.com.br )
Fonte: SBRAE

Por favor, compartilhe!

  • Share to Facebook
  • Share to Twitter
  • Share to Google+
  • Share to Stumble Upon
  • Share to Evernote
  • Share to Blogger
  • Share to Email
  • Share to Yahoo Messenger
  • More...

Parceiros

Scroll to top