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Wilson Smith vem conduzindo seus experimentos com uma substância orgânica conhecida como lignina. Responsável por conferir rigidez às células vegetais, a substância pode servir também como liga quando em contato com terra solta e pedregulhos, comuns em estradas vicinais.
Basta acrescentar água
De acordo com Smith, a lignina atuou bem como elemento coesivo entre os materiais tipicamente encontrados em estradas de terra. Na verdade, basta que se acrescente um pouco de água, o que acaba por tornar o agregado do solo mais liso, menos poeirento e também mais durável (com maior resistência à erosão), sobretudo em períodos chuvosos.
Após conduzir diversos experimentos, Smith chegou a cinco concentrações distintas de lignina, as quais se mostraram mais promissoras para o propósito. De acordo com o estudante, resta agora avaliar a resistência e a diminuição da erosão para cada uma das fórmulas.
"Nós queremos fazer uma análise exaustiva de como a coesão varia de acordo com a concentração de lignina, a quantidade de água e a compactação," afirmou Smith. "Isso vai determinar, em estudos de campo, qual a porcentagem de lignina produz a maior estabilização do solo."
Viva o reaproveitamento
Outra vantagem da lignina é a facilidade como que o material pode ser obtido. Trata-se de um típico rejeito de culturas comerciais — caso do bagaço da cana-de-açucar, da palha de milho e de vários outros resíduos da agricultura e também da indústria de papel. Isso, naturalmente, torna a solução encontrada por Smith mais sustentável e renovável, sobretudo quando se considera as tecnologias mais utilizadas de pavimentação.
Os resultados das pesquisas devem ser apresentados ainda este ano. Em seguida, Smith pretende firmar parcerias para efetuar testes de campo com a substância — algo que não deve ser de grande dificuldade, considerando-se que o Kansas é um estado sumamente agrícola. (Megacurioso)
Fonte: Brasilia em Pauta