Setor empresarial deve ajudar a proteger oceanos, diz Banco Mundial


Um novo relatório de um painel de especialistas do Banco Mundial afirma que grandes e pequenas empresas devem se unir aos governos e à comunidade científica para ajudar a reverter os danos aos oceanos mundiais.


O painel, composto por 21 especialistas, afirma que apenas uma abordagem integrada que envolva parcerias público-privadas pode efetivamente reverter a diminuição da qualidade dos oceanos. Sem ação, as consequências para economias, comunidades e ecossistemas serão irreversíveis, declara o documento.

O relatório do painel fornece recomendações principalmente à Parceria Global para Oceanos (GPO), uma parceria público-privada lançada pelo Banco Mundial, sobre como priorizar e implementar investimentos sustentáveis para os oceanos.

Tendo uma visão geral dos desafios dos oceanos, os princípios do relatório priorizam investimentos da GPO que promovam modos de vida sustentáveis, equidade social e segurança alimentar; saúde dos oceanos; sistemas de governança eficientes; e criação de capacidade e inovação.

O painel recomenda que a GPO estabeleça redes globais de conhecimento e pesquisa para ajudar a melhorar a saúde dos oceanos. Os centros e redes devem ajudar a integrar áreas importantes, como aquicultura sustentável, reforma na pesca, combate à poluição marinha, conservação de habitats e espécies essenciais e criação de uma gestão integrada para ecossistemas.

Segundo o painel, a pesca ilegal, não regulamentada e não reportada pode ser combatida através de parcerias e organizações existentes em escala global. As redes existentes também podem combater as distorções de mercado que exacerbam a exploração dos recursos oceânicos e capacitar líderes comunitários e pessoas a participarem de uma mudança positiva.

“Chegar a oceanos saudáveis é um desafio global que precisa de esforços concentrados de grandes e pequenas empresas, governos e ciência”, colocou Ove Hoegh-Guldberg, biólogo da Universidade de Queensland em Brisbane, Austrália.

“Embora eles tenham trazido muitas visões de mundo diferentes, todos nesse painel concordam que não podemos continuar com o business-as-usual e todas as partes da sociedade devem ser parte da solução. Temos dez anos para colocar os oceanos em um caminho que seja sustentável, ou eles estarão em um estado terminal de declínio”, acrescentou Hoegh-Guldberg.

O documento não avaliou os custos da implementação dessas recomendações. Os resultados e recomendações completos do painel serão lançados no final de 2013.

O painel inclui os CEOs de algumas das maiores companhias do mundo de pescados e frutos do mar, como Chris Lischewski, presidente e CEO da Bumble Bee Foods; a oceanógrafa Sylvia Earle; o economista de pesca Ragnar Arnason; e Tuiloma Neroni Slade, secretário-geral do Fórum das Ilhas do Pacífico.

“Não há solução ‘tamanho único’ para o desafio dos oceanos. Mas há soluções que podem beneficiar tanto os oceanos quanto as economias. Ao se unir nesse momento crítico da história, a mensagem para a GPO é clara: é do interesse de todos reviver os oceanos para as futuras gerações”, concluiu o Banco Mundial.
Crédito imagem: Banco Mundial

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