O Greenpeace,
uma das ONGs de defesa ambiental mais famosas do mundo, preparou uma lista com
30 razões para nos incentivar e alertar sobre os cuidados que devemos ter com
as florestas brasileiras. Apesar de não ser uma listagem recente (ela data de
2011), os pontos apresentados continuam a ser atuais e merecem ainda mais
atenção e preocupação.
Veja abaixo quais são as razões para as quais precisamos
abrir os olhos:
1. O Brasil abriga 20% de
todas as espécies do planeta.
2. O mundo perde 27 mil
espécies por ano.
3. A Amazônia ocupa metade do
Brasil e abriga 2/3 de todo o remanescente florestal brasileiro atual.
4. O Brasil detém 12% das
reservas hídricas do planeta.
5. Já perdemos cerca de 20% da
Amazônia, o limite estabelecido pela lei.
6. Na mata atlântica, bioma de
mais longa ocupação no Brasil, 93% já foi perdido.
7. Mesmo quase totalmente
desmatado, ainda tem gente que ataca a mata atlântica: a taxa média de desmatamento
de 2002 a 2008 foi equivalente a 45 mil campos de futebol por ano.
8. Perdemos 48% do cerrado.
9. Perdemos 45% da caatinga.
10. Entre 2002 e 2008, a área
destruída no cerrado foi equivalente a 1,4 milhão de campos de futebol por ano,
na caatinga o equivalente chegou a 300 mil campos.
11. Perdemos 53% dos pampas.
12. Entre 2002 a 2008 perdemos
o equivalente a 4 mil campos de futebol por ano nos pampas.
13. Perdemos 15% do Pantanal.
14. Por ano, perde-se 713 km2
de Pantanal.
15. Se mantivermos as taxas de
desmatamento registradas até 2008 em todos os biomas, perderemos o equivalente
a três Estados de São Paulo até 2030.
16. O Brasil é o 4º maior
emissor de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global,
principalmente porque desmatamos muito.
17. 61% das nossas emissões
vêm do desmatamento e queima de florestas nativas.
18. A expansão pecuária na
Amazônia é, sozinha, responsável por 5% das emissões de gases-estufa em todo o
mundo.
19. Mudanças climáticas
impactam diretamente as cidades brasileiras. Preservar as florestas ajuda a
regular o clima e proteger as populações.
20. Mudanças climáticas
impactam diretamente a agricultura. A Embrapa, por exemplo, prevê
desertificação do sertão nordestino e impacto nas principais commodities
brasileiras, como soja e café; os mais pobres sofrem mais.
21. Saltamos de uma taxa de 27
mil km2 de desmatamento na Amazônia em 2004 para menos de sete mil em 2010. É
possível zerar essa conta.
22. Empresas que comercializam
soja no Brasil são comprometidas, desde 2006, a não comprar de quem desmata na
Amazônia. A produção não foi afetada e o mercado pede por produtos
desvinculados da destruição da floresta.
23. Os maiores frigoríficos
brasileiros anunciaram em 2009 que não compram de quem desmata na Amazônia. O
mercado não quer mais desmatamento.
24. O Brasil pode dobrar sua
área agrícola sem desmatar, ocupando áreas de pasto ou abandonadas.
25. 60% da vegetação nativa do
Brasil está contida nas reservas legais – instrumento de preservação do Código
Florestal que os ruralistas tentam acabar.
26. A pecuária ocupa cerca de
200 milhões de hectares, quase ¼ de todo o Brasil. Boi ocupa mais espaço que
gente. E isso porque a produtividade da pecuária no Brasil é muito baixa: um
boi por hectare. Dá para triplicar o rebanho sem desmatar.
27. Um terço de todo o rebanho
bovino brasileiro está na Amazônia, onde 80% da área desmatada é ocupada com
bois. Ali há 22,4 milhões de hectares de pastagens abandonadas e degradadas, ou
uma Grã-Bretanha, que poderiam ser reaproveitadas. Só não são porque derrubar é
mais barato.
28. Mais de 70% das espécies
agrícolas cultivadas dependem de polinizadores, que por sua vez dependem da
natureza em equilíbrio. A FAO calcula que esse serviço prestado pelos insetos é
equivalente a € 150 bilhões (R$ 345 bilhões), ou 10% produto agrícola mundial.
29. O Código Florestal é
fundamental para manter as florestas em pé.
30. Num cenário de
desmatamento zero, a agricultura familiar teria tratamento diferenciado. Isso
porque, a despeito de ocupar apenas 25% da área agrícola brasileira, é o real
responsável por produzir a comida (70% do feijão, 58% do leite e metade do
milho brasileiro vem da agricultura familiar) e por gerar emprego no campo (74%
da mão de obra).
Fonte: CicloVivo e Greenpeace