No
noroeste de Itália, perto da fronteira francesa, uma aldeia medieval foi
convertida numa pequena comunidade auto-suficiente. Os residentes que lá vivem
cultivam as terras das imediações e habitam nos edifícios centenários em rocha,
conhecidos como Torri Superiore.
A
aldeia data do século XIII e está localizada num vale verdejante com vista para
um rio.
O
restauro da aldeia começou na década de 1990 e o projeto de reconversão
incorporou vários princípios e materiais ecológicos, assegurando que a aldeia mantinha
os traços medievais que a caracterizam. Para a renovação foi utilizada pedra
local, calcário natural e isolação natural, de maneira a que a estética
original dos edifícios permanece inalterada. Para os acabamentos finais foram
utilizadas janelas de madeira e tintas ecológicas.
Agora,
a aldeia renovada recorre a painéis solares para produzir energia e aquecer
água. Também existem casas de banho de compostagem para os moradores
utilizarem. A aldeia está incorporada na GEN Global Ecovillage Network e está desenvolvendo as suas metas de
permacultura, com vários jardins de permacultura e pomares de fruta.
A
maioria dos alimentos consumidos pelos habitantes de Torri é cultivada nos
terrenos adjacentes através de ciclos orgânicos e sazonais. Adicionalmente, os
habitantes desta aldeia italiana ainda produzem compotas, mel, azeite e pão. Já
os animais circulam livremente pela aldeia, sendo fonte para os produtos
lácteos, escreve o Inhabitat.
O
objetivo desta aldeia ecológica é produzir a menor quantidade de lixo possível.
Qualquer excesso de lixo orgânico é utilizado como alimento para os animais ou direcionado
para a compostagem. Os poucos veículos de transporte existentes são
suplementados com dois burros de carga.
Os
projetos futuros desta eco-aldeia passam por diminuir ainda mais a pegada
ecológica, restaurar o centro cultural e algumas habitações privadas e instalar
mais painéis fotovoltaicos.
Fonte:
Inhabitat.