Em 2007, o prefeito republicano de Oklahoma City lançou uma campanha para promover uma dieta coletiva entre os habitantes da cidade, que ocupava o 15ª lugar no ranking de fatores para a obesidade nos Estados Unidos. Na ocasião, Mick Cornett comprometeu-se, ele próprio, a perder algum peso – com 1,82 metros de altura e um peso de 100 quilos, ele estava perto da obesidade.
Em 2012, o programa lançado por Cornett já tinha 47 mil
inscritos e foi fundamental para uma perda coletiva de 500 toneladas. A cidade
tornou-se um exemplo de combate à obesidade naquele país e a ação contou com o
apoio de empresas insuspeitáveis – a gigante de fast food Taco Bell levou a
campanha para os seus colaboradores.
Mais recentemente, Oklahoma criou um fundo de €770 milhões
(R$ 2,3 mil milhões) para uma nova estratégia de planeamento urbano. O fundo é
financiado com uma pequena taxa nos produtos comprados na cidade e irá investir
em políticas públicas de mobilidade de pedestres e ciclistas.
A cidade começou a investir em ciclovias, calçadas mais
amplas e circuitos para corredores em 2012, para além de um novo parque e
sistema de metro ligeiro na sua área central. “Percebi que tínhamos construído
uma óptima qualidade de vida, mas só para quem viajava de carro”, explicou
Cornett recentemente.
Como em muitas outras cidades, a cultura do carro particular
foi a prioridade, durante décadas, de Oklahoma, em detrimento de modais
alternativos e que gastam mais calorias, como caminhar e pedalar. Em 2008, a
cidade chegou mesmo a ser eleita “pior cidade para andar nos EUA”, ao mesmo
tempo em que a epidemia de obesidade atingiu 32,5% dos adultos, de acordo com o Trust
For America’s Health. Em 1990, apenas 10% da população sofria com a doença.
Hoje, o prefeito está 20 kg mais magro e afirma que o sucesso
da campanha sobre a obesidade ajudou a conquistar a aprovação política dos
eleitores para redesenhar a cidade para as pessoas e não para os carros.
Até o final do próximo ano, Oklahoma City pretende colocar
em prática um novo plano que irá cria mais espaços para a locomoção sem
carro e áreas verdes para desportos e lazer.
Fonte: Planeta Sustentável