Líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas, na Bélgica,
anunciaram um acordo nas primeiras horas desta sexta-feira, 24 de outubro, que
prevê o corte da emissão de gases causadores do efeito-estufa para níveis 40%
abaixo dos medidos em 1990. A meta é atingir a redução até 2030 nas 28 nações
que compõem o bloco.
O acordo tem como objetivo frear a mudança climática e dar
um exemplo ao resto do mundo antes das negociações internacionais sobre o clima
marcadas para o ano que vem, em Paris.
O pacote aprovado em uma cúpula da União Europeia inclui
também que ao menos 27% das necessidades energéticas do bloco sejam supridas
por fontes renováveis e que a eficiência energética aumente em no mínimo 27%
nos próximos 16 anos.
A ONG Oxfam pediu metas de 55% de redução de emissões, uso
de 45% de energias renováveis e aumento de 40% de eficiência energética.
Um compromisso já existente, de corte de 20% nas emissões em
relação ao ano-referência de 1990, já foi quase cumprido, em parte pelo colapso
da indústria da era soviética no Leste Europeu.
Acordo aquém
Líderes da União Europeia disseram que a meta de 40% é um
sinal ambicioso para que países como EUA e China sigam o exemplo na cúpula do
Clima marcada pela ONU na França em 2015.
Ambientalistas, no entanto, já haviam reclamado que o acordo
ainda fica muito aquém do corte de ao menos 80% das emissões até 2050
necessário para limitar o aumento das temperaturas globais a 2º C.
Metas ambiciosas
Eles ficaram desapontados com os compromissos para o aumento
do uso de energia renovável, atenuados após negociações feitas por países como
a Polônia, que conseguiu suavizar o impacto das metas na indústria de carvão,
assim como os britânicos em relação às usinas nucleares.
A ONG Oxfam pediu metas de 55% de redução de emissões, uso
de 45% de energias renováveis e aumento de 40% de eficiência energética.
Fonte: eCycle