London GreenSky Project: Aviões voarão movidos a lixo, usina em Londres fornecerá combustível à British Airways

Nos arredores a leste de Londres (Inglaterra), exatamente no local onde funcionava uma antiga refinaria de petróleo, será desenvolvido um novo tipo combustível renovável. A partir do lixo! A responsável pelo projeto é a empresa Solena Fuels, que já assinou contrato com a British Airways para vender o equivalente a US$ 500 milhões à sua frota. Sob o nome de London GreenSky Project, os trabalhos de adaptação da antiga usina já começaram e devem terminar em 2017, quando as novas instalações entrarão em funcionamento.


O biocombustível de lixo tem uma grande vantagem competitiva para o fabricante: sai mais barato por não necessitar nenhum tipo de cultivo. É só ir ao lixão e recolher a matéria prima. O que também beneficia a British Airways, que pagará menos para fazer seus aviões voarem.

A prefeitura de Londres fez um acordo com a Solena Fuels, que recolherá gratuitamente parte dos dejetos despejados em seu lixão, desafogando suas instalações e economizando recursos públicos. Como a capital inglesa produz anualmente nada menos que 18 milhões de toneladas de lixo, matéria prima não faltará. Inicialmente, a empresa planeja usar meia tonelada de lixo para atender a seu contrato com a British Airways.

A Solena Fuels assinou um contrato com a British Airways para vender o equivalente a US$ 500 milhões em combustível  (Foto: Divulgação)

O processo de fabricação do combustível se desenvolve em várias etapas. Como Londres já tem um amplo programa de reciclagem, inicialmente todo material reciclável (garrafas, madeira, plástico, vidro, latas, etc.) é separado daquele que será enviado à usina para ser convertido em gás e, depois, em combustível líquido. O resultado obtido é equivalente ao desempenho dos combustíveis sintéticos feitos a partir de carvão ou gás natural, já usados há anos pelas empresas aéreas.
A encomenda da British Airways suprirá apenas 2% de suas necessidades de combustível, mas a ideia é gradativamente migrar para esse tipo de combustível. Há também um componente de sustentabilidade: a empresa aérea calcula que o uso desse biocombustível possa reduzir em 95% as emissões de gases de efeito estufa, se comparado aos combustíveis tradicionais.

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