Localizada a 50 quilômetros de São Paulo, a Vila de Paranapiacaba, importante ponto da rota cafeeira entre o interior do estado e o porto de Santos, concorre a Patrimônio da Humanidade da UNESCO.
Fundada em 1860 como um acampamento dos trabalhadores que construíram a primeira ferrovia do estado, a cidade, de características inglesas, integra a lista indicativa brasileira de patrimônio mundial da UNESCO e recebeu o incentivo do Programa de Aceleração do Crescimento-Cidades Históricas para que 250 imóveis sejam restaurados.
A antiga ferrovia começou a funcionar em 1867 e foi um grande avanço no transporte de grãos de café até o porto, diminuindo não apenas o tempo de deslocamento como também o desperdício durante o percurso. Além disso, a implementação da ferrovia, que cruza a Serra do Mar, foi um grande desafio para a época, representando um verdadeiro triunfo da tecnologia de meados do século XIX.
É neste ponto que reside a maior importância da Vila de Paranapiacaba e que a coloca na lista de possíveis sítios a serem tombados como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO; segundo o secretário de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Ricardo Di Giorgio, para ser considerado patrimônio, o local precisa ter importância para todo o mundo.
Para que a vila receba o título efetivo de patrimônio da humanidade, é necessário também que as condições do sítio estejam íntegras e fieis ao que eram originalmente. Para garantir isso, atualmente a biblioteca, a garagem das locomotivas, os galpões das oficinas de manutenção e o almoxarifado da antiga ferrovia estão em processo de restauração.
Fonte: Archdaily
