Governo francês anula eventos paralelos à Conferência do Clima


A Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Clima, que será realizada a partir do dia 29 deste mês em Paris, vai concentrar-se nas negociações. Os “concertos e iniciativas festivas” paralelas serão, “sem sombra de dúvida, canceladas”, afirmou nesta segunda-feira, 16 de novembro, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls.

"Todos os chefes de Estado e de governo irão a Paris e vão levar uma mensagem ao mundo inteiro de apoio e de solidariedade com a França. Nenhum chefe de Estado, de governo, pelo contrário, nos pediu para adiar a sua vinda. Todos querem estar lá. Penso que seria o contrário de abdicar perante o terrorismo", destacou Valls à rádio RTL.

"A França será a capital do mundo. Paris é a capital do mundo”, acrescentou. "[A conferência] será, sem dúvida, reduzida à negociação. Toda uma série de concertos, de manifestações mais festivas vão ser canceladas", ressaltou.
Para Manuel Valls, "o encontro será uma grande mensagem de todo o planeta" e também a oportunidade de manifestar a vontade de lutar contra o radicalismo e o fanatismo
"Nada deve ser feito que possa pôr em perigo pessoas que se manifestam em Paris. E como temos de organizar essa grande reunião sobre o clima, ao mesmo tempo as forças de segurança devem centrar-se no essencial", acrescentou.


Grande mensagem
Para Manuel Valls, "o encontro será uma grande mensagem de todo o planeta" e também a oportunidade de manifestar a vontade de lutar contra o radicalismo e o fanatismo.

No fim de semana, surgiram dúvidas sobre a realização da 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro da ONU sobre as Alterações Climáticas depois dos atentados de sexta-feira (13) à noite em Paris, que deixaram pelo menos 129 mortos.


Estado de emergência
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou os atentados, que ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde ocorria um jogo de futebol entre as seleções da França e da Alemanha.

A França decretou estado de emergência e restabeleceu o controle de fronteiras. O presidente francês, François Hollande, classificou os ataques como "sem precedentes no país”.
(Via Agência Lusa)
Fonte: EcoD

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