Seja para reduzir seus impactos no meio ambiente, aumentar a competitividade no cenário internacional, ou ainda por pressões do próprio mercado consumidor, cada vez mais empresas buscam certificações que atestem a sustentabilidade de suas operações e produtos. A partir da quarta-feira (06/05), as indústrias brasileiras contam com um nova certificação para comunicar seus esforços, emitida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
O certificado medirá a pegada de carbono e de água das indústrias, ou seja, quanto dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa (GEE) associados foram lançados na atmosfera para produzir um determinado produto ou matéria-prima, e o volume de água usado no processo.
Ao mensurar esses pontos, será possível registrar a "pegada de carbono" e de água deixada ao longo da produção de itens como aço, alumínio, cimento e vidro e, a partir daí, identificar oportunidades para otimizar os processos e reduzir impactos.
O sistema, que será operado pela ABNT Certificadora, foi criado por meio de um processo participativo que envolveu a indústria brasileira e guiado pelo Carbon Trust, consultoria global de estímulo à economia de baixo carbono
A concepção e desenvolvimento do sistema contou com o apoio institucional do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e com financiamento do Prosperity Fund, da Embaixada Britânica em Brasília.
Vantagens competitivas
A certificação envolve 20 empresas, que aderiram ao projeto voluntariamente, dentre estas estão grandes empresas como Braskem, CSN, Saint-Gobain, Arcelor Mittal, Votorantim, Novelis e Grupo ReciclaBR, ao lado de pequenas empresas como BR Goods e EDB Polióis Vegetais do Brasil.
Receber a certificação é como ganhar um "visto" de acesso a mercados mais exigentes, competindo lado a lado com outros países que já possuem sistemas análogos de medição e certificação, como China, Coréia do Sul, Hong Kong, México, Malásia, Reino Unido, Taiwan e Tailândia.
Fonte: Exame