
Popularmente conhecida como
esgoto, as águas residuais compreendem todo o volume de água que teve suas
características naturais alteradas após o uso doméstico, comercial ou
industrial. Trata-se de uma substância com grau de impureza que varia de acordo
com sua utilização, mas que sempre contém agentes contaminantes e potencialmente
prejudiciais à saúde humana e à natureza de modo geral.
O retorno dessa água ao meio
ambiente deve necessariamente sofrer tratamento de modo que ela volte a
apresentar qualidade e limpeza adequadas para que seja lançada no corpo
receptor (rio, lago ou mar) sem causar danos à saúde e ao ecossistema.
Um terço da superfície da Terra
seja de água, apenas 0,008% dela é potável, servindo para o consumo humano,
contando seu uso para ingestão, higiene e até para a crescente industrialização
no mundo todo.
O Brasil concentra uma quantidade
maior da água potável disponível, cerca de 12% dela, mas ainda falta muita
vontade política para sanar os problemas que envolvem a utilização desse
precioso bem. Nota-se isso nos esgotos, muitas vezes jogado a céu aberto e em
sua maioria despejados nos rios sem qualquer tratamento, nas empresas
fornecedoras de água potável e sua falta de cuidado com o desperdício e na
consciência das pessoas para uma utilização racional.
No Brasil, a coleta e tratamento
das águas residuais configuram-se como grande desafio para o saneamento
ambiental. Segundo o Instituto Trata Brasil, apenas 48,6% da população tem
acesso à coleta de esgoto, sendo que deste efluente coletado somente 40% passa
por algum tipo de tratamento antes de ser descartado no meio ambiente.
O tema deste ano destaca a
desigualdade social no país. Estados mais carentes e subdesenvolvidos
apresentam menos acesso ao saneamento básico frente aos Estados com mais
recursos. Por exemplo, a região norte é que apresenta as médias mais baixas de
tratamento de esgoto (14,36%), enquanto o Centro-Sul brasileiro apresenta
melhores índices, acima da média nacional.
O Dia Mundial da Água foi criado
pela ONU no dia 22 de março de 1992. Desde então, essa mesma data a cada ano é
destinada à discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante
bem natural.
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Fonte: Rádio Vaticano e Aesabesp