O uso dos pneus facilitou a nossa vida, seja na bicicleta, nos ônibus ou nos carros. Mas, por outro lado, ele é considerado um dos maiores vilões do meio ambiente, pois após sua vida útil dificilmente ele é reaproveitado, e vai parar em lixões, aterros sanitários e até mesmo no fundo de rios, mares e lagos. Os resíduos não podem ir para o aterro sanitário, nem voltarem a serem pneus, mas o reaproveitamento deles já é possível.
Ao ser destinado para uma recicladora, o pneu é triturado, e um ímã separa o aço, que é vendido para siderúrgicas. Já a borracha pode servir como combustível para fábricas de cimento ou ser transformada em produtos como tapete de carro e sola de sapato.
A novidade é que a borracha também pode ser usada na pavimentação de ruas e rodovias. Para isso, ela é misturada ao piche e o asfalto é preparado. O material é 30% mais caro que o asfalto normal, porém as vantagens compensam, uma vez que é mais duradouro e provoca menos ruído e menos spray – água que sai dos pneus traseiros quando chove. Outra vantagem é que as intervenções na pista podem ser mais espaçadas, incomodando menos os usuários.
No Brasil, o sistema Anchieta-Imigrantes já usou o asfalto feito de borracha de pneus em 88 km das rodovias. Para isso, foram reaproveitados 360 mil pneus velhos.
Pneus em barreiras acústicas
Desenvolvido por pesquisadores espanhóis, o projeto chamado Ekopan, criou outra utilização para os pneus descartados. A ideia é produzir isolamentos acústicos para minimizar os ruídos gerados por carros e outros veículos em vias próximas as casas, substituindo o concreto, que é tradicionalmente usado. O uso dos pneus descartados também contribui para a redução de gás carbônico proveniente da fabricação do concreto. Mas, por enquanto, os pesquisadores estão vendo uma maneira de viabilizar a produção em larga escala das barreiras acústicas feitas com borracha de pneu. Fonte: G1 / Greenstyle Fotos: sxc.hu e Greenstyle
