Cientistas de Stanford criam célula solar autocolante

No lugar dos rígidos painéis solares em sua casa, poderá em breve colocar películas autocolantes. Isto porque investigadores da Universidade de Stanford, nos EUA, criaram com sucesso células solares finas e flexíveis que podem ser coladas em praticamente qualquer superfície, desde janelas a peças de roupa. Além de ser dinâmico, o processo leva também a uma redução do custo e do peso.


Segundo o Inhabitat, esta célula solar usa os mesmos elementos que as convencionais, à base de uma sanduíche de dióxido de silício e níquel. Para começar, a película de níquel é colocada sobre uma bolacha de dióxido de silício. As células solares de película fina são então adicionadas à camada de níquel e revestidas com um polímero protector. De seguida, uma camada de fita de libertação térmica é acrescentada ao topo das células para ajudar na sua transferência.

Para colar a célula solar numa superfície, a bolacha é submersa em água à temperatura ambiente, enquanto a fita de libertação térmica é puxada para trás, permitindo que a água entre em contacto com o dióxido de silício e o níquel. A célula fica livre do seu substrato rígido, mas continua ligada à fita. Esta tem de ser, por fim, aquecida a 90º C durante alguns segundos e então removida, ficando a célula solar fixa na superfície.

A equipa de cientistas foi capaz de criar este novo processo sem sacrificar a sua eficiência ou fazer quaisquer grandes modificações aos métodos e materiais já existentes. E isto tem-no tornado comercialmente viável. Também não há desperdícios envolvidos – como a placa de silício permanece limpa e não se danifica, pode ser reutilizada depois de as células solares estarem despegadas. A tecnologia é também leve e de baixo custo.

Segundo os cientistas, a célula solar mantém as suas qualidades mesmo depois de milhares de procedimentos de dobra e fixação. Além disso, a célula solar flexível e adesiva apresenta uma eficiência de 7,5% na captação de energia solar – a mesma das opções tradicionais, feitas com vidro.

Os investigadores acreditam que o resultado desta tecnologia levará não só a formas de captação de energia direccionadas para o uso quotidiano e em movimento, mas também à criação de painéis LCD flexíveis e adesivos, além de circuitos electrónicos que possam ser impressos.

A nova tecnologia, criada pela equipa de cientistas liderada por Xiaolin Zheng e Chi Hwan Lee, foi descrita na edição de 20 de Dezembro da Scientific Reports.

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