Negligenciada durante anos, a Grande Barreira de Corais parece ter como próxima parada a UTI. Nesta quarta-feira, o governo australiano reconheceu que a famosa reserva natural está se degradando e que precisa de um tratamento intensivo para se restabelecer.
Um relatório divulgado hoje indica que a Grande Barreira de Corais vem sendo danificada por fenômenos climáticos extremos, como ciclones e inundações. Em 2011, segundo o estudo, a "saúde" do maior recife de corais do mundo passou de "moderada" para "pobre".
Dezenas de ciclones já atingiram a região carregando consigo toneladas de sedimento e resíduos tóxicos de atividades industriais e agrícolas, como fertilizantes nitrogenados, da terra para o mar. A situação é alarmante. Em três décadas, a região perdeu metade de sua cobertura (50,7%).
O Ministério do Meio Ambiente do Estado de Queensland, onde fica o recife, anunciou que iria investir um total de 375 milhões dólares entre 2013 e 2018, como parte de um novo Plano de Proteção da Qualidade da Água do Recife.
Estendendo-se por mais de 2.000 quilômetros ao longo da costa do estado de Queensland, a Grande Barreira de Corais é composta por quase três mil pequenos recifes e mais de 900 ilhas no oceano Pacífico. Atualmente, é lar de 400 espécies de corais, 1.500 espécies de peixes, 4.000 espécies de moluscos e animais em risco de extinção, como o peixe-boi e a tartaruga verde.
Declarada Patrimônio Mundial da Humanidade em 1981, o recife gera receita de cerca de 5 bilhões de dólares para o turismo australiano.
Fonte: Planeta Sustentável