Quando as plantas criam o seu próprio alimento através da fotossíntese, grande parte da matéria orgânica gerada é excretada para o solo através das raízes. Esta matéria é consumida pelos microorganismos que vivem no solo. Por sua vez, estes microorganismos libertam eletros, como bioproduto deste consumo. O sistema desta start-up consiste em colocar um eléctrodo perto do sistema radicular das plantas, que armazena esta energia desperdiçada e a converte em energia eléctrica, refere o Inhabitat.
O processo é semelhante às simples experiências escolares feitas com eletricidade, que utilizam maçãs ou batatas para criar baterias. Contudo, este sistema tem a vantagem de não prejudicar as plantas, que continuam a crescer normalmente mesmo na presença dos eléctrodos, podendo ser, desta forma, uma constante fonte de energia, tanto de dia como de noite.
O sistema funciona melhor em terrenos húmidos ou alagados, como os campos de arroz, e não importa se a água a utilizar está poluída ou já foi utilizada. Este fator possibilita que áreas improprias para cultivo possam ser reaproveitadas como uma fonte energética. O sistema não requer a instalação de infraestruturas elaboradas, o que pode permitir levar eletricidade para regiões isoladas que não são servidas pela rede eléctrica.
Está já a ser testado nos Países Baixos um protótipo de telhado verde que utiliza esta tecnologia. Atualmente, a equipa da Plant-e consegue produzir energia suficiente para alimentar um celular, mas o objetivo é que este método seja utilizado em breve para recolher uma maior quantidade de energia – a suficiente para alimentar uma casa.
Fonte: Inhabitat