Veja de que forma essa iniciativa contribui para a
agricultura familiar e para a promoção da gestão urbana, social e ambiental das
cidades.
Antes de saber a que se refere esse tipo de agricultura,
vejamos a definição do termo “periurbano”: é uma área que se localiza além dos
subúrbios de uma cidade onde as atividades rurais e urbanas se misturam e não é
possível definir os limites físicos e sociais destes dois espaços.
Na agricultura urbana e periurbana estão incluídas a
produção, o extrativismo e a coleta de produtos agrícolas – como as hortaliças,
frutas, ervas medicinais, plantas ornamentais – e pecuários de forma
sustentável, visando a menor agressão possível ao ambiente na retirada e uso
dos recursos e insumos. Essa prática é voltada ao autoconsumo, às trocas, às
doações e à comercialização.
O interessante deste tipo de atividade é que elas são
pautadas pelo respeito aos conhecimentos e recursos da população local, pelo
uso de tecnologias adequadas e pela inclusão nos processos participativos que
promovem a gestão urbana, social e ambiental dos lugares onde a agricultura
urbana e periurbana acontece. Essas ações buscam alcançar a melhoria da
qualidade de vida das populações para a sustentabilidade das cidades, através
de uma gestão territorial e ambiental eficientes.
O objetivo da agricultura urbana e periurbana é contribuir
ecologicamente na melhora da produtividade das cidades, promover a diversidade
social e cultural e também a segurança alimentar e nutricional da população.
Este tipo de agricultura está fortemente ligada à agricultura familiar, já que
pode ser realizada por indivíduos, organizações formais ou informais em espaços
públicos ou privados, e esta prática está vinculada ao lazer, cultura,
economia, saúde e meio ambiente.
Através dos diversos ministérios e agências governamentais,
o governo federal é atualmente um financiador ativo de experiências de
agricultura urbana e periurbana promovidas em cada região brasileira, bem como
os governos municipais e estaduais onde existem estas atividades consolidadas.
As organizações não governamentais e universidades também
contribuem com essa iniciativa através da destinação de parte de seus recursos
próprios e da formulação de projetos específicos. Entretanto acabam sendo os
próprios agricultores urbanos e periurbanos as principais fontes de recursos
para a promoção desta atividade ao financiarem suas experiências.
Fonte: Pensamento Verde