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Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa) em convênio com o Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (Inpa), entregam hoje (2) em Brasília uma petição com
mais de 55 mil assinaturas virtuais pedindo a proteção dos mamíferos aquáticos
da região amazônica, em especial o boto vermelho, também conhecido como
boto-cor-de-rosa.
Leia mais notícias: Botos sãousados como isca para pesca no Amazonas e pode causar extinção da espécie
O documento faz parte da campanha Alerta
Vermelho e pede ao Ministério do Meio Ambiente que adote medidas para antecipar
a proibição da pesca de piracatingas na Amazônia, que usa como isca a carne do
boto. As instituições vão entregar o documento à ministra Izabella Teixeira e
expuseram, pela manhã, um boto inflável de 12 metros, no gramado da Esplanada
dos Ministérios.
Em julho, o Diário Oficial da União publicou
portaria proibindo por cinco anos a pesca da piracatinga na região. A medida,
no entanto, só entrará em vigor a partir do janeiro de 2015. "Com certeza
é um avanço. Mas não podemos deixar que muitos botos ainda sejam vítimas dessa
predação até ano que vem", destaca a Ampa.
Estudos de monitoramento da espécie realizados
pelo Inpa na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá apontam que a
população de boto-cor-de-rosa, como também é chamado, vem diminuindo em ritmo
de 10% ao ano. "Isso chega a mais de 4 mil animais abatidos anualmente",
alerta a pesquisadora do Inpa, Vera da Silva, coordenadora do Projeto Boto e
que trabalha com esses animais há mais de 30 anos.
"Diante de dados como esse é que
precisamos construir ferramentas e instrumentalizar a fiscalização, já que o
boto é um animal protegido por lei desde 1967, para que sejam criadas
alternativas para a pesca da piracatinga, sem que precise ser usada a carne do
boto", avalia Vera.
Fonte: EBC