A quarta edição do Índice Global de Economias Verdes,
publicada hoje (20) pela consultoria Dual Citizens, apresenta o Brasil na 18ª
posição entre as 60 nações avaliadas pela performance na área de
sustentabilidade, atrás da Costa Rica, do Peru e da Colômbia e à frente do
Reino Unido, da Holanda e dos Estados Unidos.
O índice, publicado em 2010, utiliza 32 indicadores para
medir a performance dos países analisados. Esses indicadores são divididos em
quatro dimensões: liderança e mudanças climáticas; setores eficientes; mercados
e investimento; e capital natural e ambiental.
Além da performance, o relatório também apresenta o ranking de
percepção sobre o tema, captado por meio de uma pesquisa feita entre julho e
agosto deste ano, com especialistas e pessoas que atuam na área em todos os
continentes do mundo. Nesse quesito, o Brasil aparece em 15º lugar, uma posição
atrás da Costa Rica, e uma à frente da Índia.
No relatório, o Brasil é citado como um país atrativo para
investimentos nas áreas de tecnologias limpas e energias renováveis. A
consultoria aponta que, com a abundância em recursos naturais e o crescimento
de seu poder econômico, o país poderia assumir uma liderança maior na promoção
de um crescimento econômico mais sustentável, que permita o desenvolvimento
futuro. “Essa liderança será fundamental para o Brasil melhorar seu desempenho
no relatório, especialmente na dimensão da gestão de seu capital natural e
ambiental, particularmente no que diz respeito a florestas e água”, ressalta o
documento.
Não é possível comparar os resultados do relatório deste ano
com os de 2013, já que foram incluídas, nesta edição, 33 nações às 27 já
analisadas. Mas no comentário específico sobre o Brasil, a consultoria
responsável pelo índice observa que não houve grande alteração no desempenho do
Brasil em relação ao período anterior.
Quando analisado globalmente, o relatório mostra a Suécia no
primeiro lugar no ranking de performance, seguida da Noruega e da
Costa Rica, país latino-americano incluído este ano na pesquisa e que
surpreendeu pelo excelente desempenho. Já no ranking de percepção, a
Alemanha assume a liderança, seguida pela Dinamarca e a Suécia.
Muitas das nações em desenvolvimento, de acordo com a
consultoria, precisam reorientar suas economias para um crescimento mais
sustentável. Entre elas estão a China, a Tailândia, o Vietnã, o Camboja, o
Catar e os Emirados Árabes Unidos. O relatório enfatiza que em países
desenvolvidos como a Austrália, o Japão, a Holanda e os Estados Unidos, a
percepção sobre sustentabilidade é muito maior do que a performance no setor.
“São países que parecem receber mais crédito do que merecem, uma falta de
informação que requer uma análise mais profunda”.
A pesquisa também avaliou 70 cidades consideradas
sustentáveis ao redor do mundo. Copenhague, capital da Dinamarca, manteve a
posição apresentada no relatório anterior de cidade mais sustentável do
mundo. Para conferir o relatório completo em inglês, estão no site da Dual
Citizens.
Fonte: Agência Brasi