É possível para uma empresa, atuar em seu setor seguindo boas práticas de preservação e sustentabilidade ambiental e ainda ter lucro? Por mais paradoxal que possa parecer, sim. Ao longo do final do século passado, os estudiosos e cientistas começaram a perceber que o planeta mostrava sinais de que o ritmo de consumo dos recursos naturais que o ser humano via empregando era demasiado violento e provocaria enormes problemas futuros para toda humanidade.
Após essa constatação, uma legião de pesquisadores ao redor do planeta, começou a pesquisar formas de enfrentar o problema e proporcionar a continuidade de nosso estilo de vida sem afetar de forma tão drástica e definitiva o ambiente que nos sustenta. Assim, baseado nas descobertas e ensinamentos propostos por essa legião de pesquisadores, determinadas práticas empresariais e formas de se gerir uma empresa e minimizar o seu impacto no meio ambiente e nas comunidades humanas em que elas estão inseridas começaram a serem adotadas.
Por mais estranho que possa parecer, é totalmente possível para uma empresa poluidora, obter lucro e ainda sim minimizar seu potencial de devastação ambiental. As práticas visando estabelecer políticas comerciais de preservação e sustentabilidade acabaram se tornando um potente e significativo diferencial de mercado. Consumidores “antenados”, entidades voltadas para os problemas ecológicos e mesmo governos preocupados em manter uma reserva estável de sua flora e fauna nativa; bem como com visão suficiente para entender que a queima indiscriminada de seus recursos naturais poderá levar a uma dependência futura de outras nações e a gastos relevantes; fizeram com que um mercado totalmente novo fosse aberto e que se transformasse num nicho econômico altamente rentável e de grande apelo.
Assim, uma empresa que deseje se habilitar e figurar entre as que se beneficiam das vantagens econômicas proporcionadas por adotar práticas de preservação e de sustentabilidade ambiental, devem tentar ser capazes de atender todas as necessidades dos habitantes que se servem de seus produtos sem, contudo, por em risco as necessidades das gerações futuras que ainda se servirão de sua cadeia produtiva. Buscando a solidez econômica e a lucratividade de forma a não comprometer as condições financeiras, ambientais e sociais da comunidade a que servem, ou seja, respeitando o triângulo da sustentabilidade, e integrá-las a sua própria administração e obtenção de resultados. Usando matérias-primas com responsabilidade ambiental e aplicar esse conceito em toda sua linha de produção. Criando e produzindo produtos que não deixem rastros ou minimizem seus resíduos ambientais durante e após sua vida útil.
Assim, uma empresa que deseje se beneficiar pelo fato de seguir essas boas práticas de preservação e de sustentabilidade, devem recusar qualquer produto necessário para sua linha de produção que não seja certificado e que não seja proveniente de empresas que tenham a mesma política ambiental. Assim, cuidando e controlando suas emissões de CO² e de resíduos industriais; essas empresas contribuem decisivamente para uma melhor qualidade de vida de seus funcionários e das comunidades a elas ligadas. Sendo assim, nada mais justo do que lhes dar o devido valor e proporcionar a elas a oportunidade de realizarem seus lucros e garantirem que continuem perpetuando as boas práticas ambientais.
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