Sete anos após acordar sem visão, o arquiteto Chris Downey, de San Francisco, está ajudando a revolucionar o ambiente construído com tecnologias interativas otimizadas para deficientes visuais. Um dos arquitetos cegos de maior renome internacional, Downey compreende intrinsecamente as necessidades das pessoas com visão reduzida ou cegas. Como consultor de diversas organizações que se dedicam a melhorar a acessibilidade universal, Downey desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento e integração de novas tecnologias não invasivas projetadas para auxiliar o público com deficiência visual.
Em um artigo publicado recentemente na Dwell, Downey ilustra as várias tecnologias que estão sendo atualmente testadas e implementadas em San Francisco - uma cidade notória por seus desafios topográficos. Veja, a seguir, quatro tópicos da entrevista com Downey sobre como a tecnologia pode ajudar a preencher as lacunas entre a arquitetura e a acessibilidade universal.
1. Em vez de desenvolver novas tecnologias a custos muito altos, use ferramentas existentes e capitalize em cima de seus potenciais. A adição de capacidades especializadas às tecnologias existentes pode transformar um simples dispositivo em uma ferramenta multiuso para uma pessoa cega.
2. Integrar o sentido do tato em desenhos digitais pode revolucionar o modo como arquitetos cegos trabalham.
3. O som, tão importante quanto o tato, pode ser refinado e aplicado ao projeto através de tecnologia de modelagem acústica para informar o contexto e a direção à pessoa com visão reduzida.
4. Mas o arquitetos não deveriam depender apenas da tecnologia quando se trata de projetar para os cegos, já que a informação multissensorial é igualmente importante.