Todos os anos, os consumidores globais desperdiçam
1,78 mil milhões de toneladas de alimentos – o equivalente a €680 mil milhões
de perdas económicas, de acordo com as Nações Unidas. As duas principais razões
para que tal aconteça estão ligadas ao consumo sem sentido: ou compramos coisas
que depois não usamos ou preparamos alimentos que depois não consumimos.
Qualquer que seja a causa para o desperdício
alimentar, ela deve ser erradicada. Para responder a este ciclo vicioso, um
grupo de estudantes criou o FoPo, um marca de comida
em pó que recolhe produtos perto do prazo final de validade e pulverizam-nos
até que fiquem secos e em pó, o que lhes permite prolongar a sua vida útil por
dois anos.
A ideia foi desenvolvida por Kent Ngo, um estudante
sueco de engenharia, e pelo estudantes de design de produto e inovação
alimentar Gerald Marin e Vita Jarolimkova, em Dezembro de 2014. Duas outras
colegas – Lizzie Cabisidan e Ada Balazy – juntaram-se mais tarde ao projeto.
“Não estamos a criar um novo produto ou tecnologia,
mas sim a criar valor a partir da ineficiência do sistema alimentar”, explicou
Marin ao Mashable. “A inovação do nosso negócio é o facto de recebermos as
frutas e vegetais cujo prazo de validade está a expirar”.
Para já, o pó tem três sabores: banana, manga e
framboesa. Na calha está o sabor de ananás. Todos retêm entre 30 a 80% do valor
nutritivo do fruto, de acordo com a empresa, e podem também ser colocados no
topo de iogurtes ou gelados e utilizados na confecção de bebidas.
A FoPo tem tido algum sucesso em conferências
dedicadas às startup ou desafios de novas empresas – recebeu um investimento de
crowdfunding do Bem & Jerry’s Join Our Core, por exemplo, e ficou em
segundo na Thought for Food.
Segundo a nutricionista Susan Tucker, citada pelo Mashable,
a comida em pó pode ser importante em situações ligadas a desastres naturais,
fome ou até no campismo.
Fonte: Mashable