Agência FAPESP – O Observatório da Torre Alta da Amazônia (Atto), a 150 quilômetros a nordeste de Manaus, em meio à floresta, foi inaugurado no sábado (22/08), após um ano de construção.
A Torre, com 325 metros, é um projeto teuto-brasileiro em que estão envolvidos o Instituto Max Planck de Química, o Instituto Max Planck para Biogeoquímica, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
O observatório é um dos quatro principais sítios de pesquisa da campanha científica Green Ocean Amazon (GOAmazon), que conta com o apoio da FAPESP (leia mais sobre o GOAmazon em agencia.fapesp.br/18691).
Com custos de cerca de € 8,4 milhões, o projeto foi financiado no lado alemão pelo Ministério Federal de Educação e Pesquisa (BMBF) e no lado brasileiro pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo governo do Amazonas.
Instalado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, o Observatório Atto está equipado com um moderno equipamento de medição para coletar dados sobre gases de efeito estufa, partículas de aerossóis, propriedades de nuvens, processos de camada-limite e transporte de massas de ar.
De acordo com Antonio Manzi, pesquisador do Inpa e coordenador brasileiro do Atto, o projeto foi concebido como um laboratório de referência mundial para as interações entre as florestas tropicais e a atmosfera. “Os resultados obtidos fornecerão um grande avanço na representação das florestas tropicais, em modelos de sistemas meteorológicos e da Terra para gerar previsões de tempo e cenários muito mais precisos sobre o clima", explicou Manzi à Assessoria de Comunicação do Inpa.
“Todos os dados que estamos gerando com esta nova torre de medição estão sendo incorporados a modelos para predizer o desenvolvimento do clima”, afirmou o vice-presidente da Sociedade Max Planck, Ferdi Schüth, ao Inpa. “Os resultados da medição da Atto também estarão disponíveis para os formuladores de políticas desenvolverem mais regulações sobre a política de ambiente e metas climáticas globais.”
Os dados coletados no Observatório Atto também serão utilizados por pesquisadores brasileiros e norte-americanos envolvidos no projeto GOAmazon.
Fonte: FAPESP