NASA mostra, em laranja e vermelho, as áreas mais poluídas
em 2014; em azul, aquelas com melhor ar.
Goddard Space Flight Center l Nasa
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Imagens recentemente divulgadas
pela agência espacial norte-americana, NASA, revelam quais os países mais
poluídos do mundo e que áreas do globo aumentaram – ou reduziram – as suas
emissões de gases com efeito de estufa nos últimos dez anos.
O mapa revela que, embora ainda
estejam entre as áreas com o pior ar em todo o mundo, Estados Unidos, Europa
Ocidental e Japão apresentaram melhorias entre 2005 e 2014 – provavelmente
devido à recessão económica.
No continente europeu, a queda da
poluição chegou a até 50%, avança o jornal Globo, como resultado da maior restrição sobre
os poluentes. Nos Estados Unidos, embora as emissões tenham sido reduzidas
globalmente, elas avançaram até 30% em alguns estados, como o Texas e a
Carolina do Norte, onde há intensa produção de petróleo e gás natural.
Em países como China, Índia e
parte do Oriente Médio, principalmente na região do golfo Pérsico, locais cujas
economias e atividade industrial estão em expansão, a poluição aumentou.
As imagens da NASA mostram também
um movimento interessante no norte chinês, onde estão as cidades mais
industrializadas e a produção de energia se torna cada vez mais intensa.
Enquanto a área, em geral, apresentou um aumento considerável da emissão de
gases, Pequim, a capital do país, registou uma considerável redução.
Segundo o cientista Bryan Duncan,
que lidera o estudo no centro de voo espacial Goddard, isso deve-se a uma maior
pressão da crescente classe média de Pequim por um ar melhor – a metrópole é
historicamente considerada uma das cidades mais poluídas do mundo.
No Brasil, os mapas mostram que o
quadro geral se manteve similar, ainda longe dos altíssimos lançamentos de
gases ocorridos nas regiões mais desenvolvidas do mundo – porém, centros
tradicionalmente mais poluídos, como a Grande São Paulo, continuam com altos e
preocupantes índices, semelhantes às de outras metrópoles globais.
Os mapas da agência espacial
americana mostram também os efeitos da movimentação demográfica, como a
ocorrida por causa da guerra civil na Síria: enquanto os índices de dióxido de
carbono caíram consideravelmente no país, principalmente em cidades maiores
como a capital Damasco e Aleppo, as emissões cresceram nos países da vizinhança
que mais receberam refugiados sírios.
Desde 2004, a NASA monitora as
emissões em todo o planeta através de um instrumento instalado no seu satélite
Aura. Entre elas, as de dióxido de nitrogénio, resultado da queima de
combustíveis fósseis, principalmente por carros, pela produção de energia e
pela atividade industrial.
Fonte: Green Savers