Os filmes mostram quais são os custos da perda e do desperdício de alimentos, não apenas financeiros, mas também ambientais e sociais
A
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou
dois vídeos que alertam sobre os custos e as perdas do desperdício de alimentos
no mundo. Ambos fazem parte da campanha A Pegada do Desperdício de Alimentos
(Food Wastage Footprint) da ONU.
O
primeiro deles mostra dados alarmantes. A cada ano, um terço de todos os
alimentos produzidos no planeta é perdido ou desperdiçado. E isso não significa
apenas um prejuízo econômico, mas também uma perda de grande parte dos recursos
naturais utilizados para cultiva, processar, embalar, transportar e vender
esses alimentos. Cerca de 28% das terras agricultáveis do mundo abrigam
colheitas que são desperdiçadas. Além disso, a água perdida no cultivo dessas
lavouras corresponde a uma quantidade que poderia cobrir a necessidade de água
de todas as residências do planeta! E tem mais: alimentos desperdiçados somam
3.3 giga toneladas de gases de efeito estufa, o que colabora para o aquecimento
global.
O
vídeo também chama a atenção para a necessidade de mudanças urgentes e propõe
algumas soluções. Produtores de alimentos poderiam investir em melhores
colheitas e tecnologias de armazenamento para evitar perdas. Varejistas
poderiam reduzir preços dos vegetais imperfeitos e doar excedentes das lojas
para aqueles que precisam. Consumidores individuais poderiam ser mais
cuidadosos, utilizando melhores métodos para armazenar e reciclar sobras.
Governos poderiam lançar campanhas de sensibilização para inspirar consumidores
a tomarem todas as medidas que puderem para acabar com o desperdício de
alimentos. Assista abaixo o vídeo 1
No
segundo vídeo, a FAO revela especificamente as perdas financeiras com o
desperdício de alimentos. A cada ano, 30% da produção mundial de alimentos é
perdida após a colheita ou desperdiçada em lojas, domicílios ou serviços de
bufê. Isso representa 750 bilhões de dólares em alimentos por ano. A preço de
varejo, o valor chega a um trilhão de dólares.
O filme mostra alguns exemplos
das contas de cada prejuízo em dólares: água usada para irrigação (172
milhões), florestas desmatadas e erosão dos solos (73 milhões), redução de
espécies da biodiversidade (32 milhões). Além disso, há os custos que não podem
ser calculados, como a perda de pântanos que purificam a água. Esse filme,
assim como o primeiro, também dá sugestões de como evitar esse grande problema.
Além de repetir algumas dicas, também propõe, por exemplo, usar resíduos de
alimentos para produzir biogás, ao invés de jogá-los em aterros sanitários.
Assista abaixo ao vídeo 2.
O
Instituto Akatu também acredita que o desperdício de alimentos deve ser evitado
máximo, já que a produção consome muitos recursos do ambiente, como mostram os
dois vídeos da FAO. A redução de desperdício deve ser buscada nas etapas de
plantio, armazenagem, processamento, distribuição de alimentos e no consumo
final. Cada consumidor pode fazer a sua parte, com pequenas mudanças em suas
práticas cotidianas. Adotar como critérios para a compra não só o preço, mas
também a qualidade, a origem, as informações sobre os impactos sociais e
ambientais causados pela empresa fabricante, pode trazer grandes benefícios
para sua saúde, para a sociedade e para o meio ambiente.
Fonte: Instituto Akatu
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