
O maior incinerador de lixo de Oslo, capital da Noruega, vai
começar o primeiro teste global de captura de dióxido de carbono a partir da
fumaça da queima do lixo. Caso seja bem-sucedida, a nova tecnologia em teste no
incinerador Klemetsrud vai permitir que o lixo global ajude a reduzir o
aquecimento global.
A fábrica de Klemetsrud queima lixo doméstico e industrial
e, assim, poderá ajudar a captar e enterrar gases com efeito de estufa em
locais como centrais a carvão e fábricas que utilizam combustíveis fósseis.
Cerca de 60% do lixo queimado em Klemetsrud é de origem biológica, desde
resíduos de madeira a comida.
“Espero que Oslo possa mostrar a outras cidades que é
possível [capturar emissões a partir do lixo]”, explicou a mayor da cidade,
Marianne Borgen, na segunda-feira.
Até agora, os altos custos desta tecnologia têm desacelerado
a sua implementação. O incinerador de Klemetsrud emite mais de 300.000
toneladas de dióxido de carbono por ano, cerca de 0,6% do total de emissões
produzidas pelo homem daquele país. Este gás é “culpado” do aumento da
temperatura global, secas, inundações e aumento do nível médio do mar.
Os testes decorrerão em cinco contentores da fábrica e irão
capturar dióxido de carbono a uma taxa equivalente a 2.000 toneladas por ano,
até ao fim de Abril. Caso estes sejam bem-sucedidos, uma fábrica de captura de
carbono será construída, em Oslo, até 2020. Mais tarde, estes gases serão
transportados para o Mar do Norte e injetados em campos de petróleo e gás, para
ajudar a aumentar a pressão e produção, avança o Climate
Central.
“Existe um grande potencial neste mercado, em todo o mundo”,
explicou Valbord Lundegaard, responsável pela Aker Solutions, a empresa de
engenharia que está a desenvolver os testes.
Fonte: Green Savers