A
primeira cidade inteligente no Brasil para pessoas de baixa renda está em
construção no Ceará. O Croatá Laguna Ecopark é uma iniciativa de
organizações que compartilham esforços para gerar impacto social e tecnológico.
A
cidade abrigará 20.000 moradores de baixo nível socioeconômico em
um área com forte déficit habitacional, no distrito do município
de São Gonçalo do Amarante, no Ceará. A região está em processo de
valorização devido ao crescimento do Complexo Industrial e Portuário do
Pecém, que deve se tornar o segundo porto em movimentação de cargas,
depois do Porto de Santos, até 2025.
Apesar
de estar em solo brasileiro, a iniciativa foi proposta por duas organizações
italianas, a Planet Idea e SocialFare, em conjunto com o Centro de
Empreendedorismo da Universidade de Tel Aviv – StarTAU.
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Exemplo da Cidade Inteligente e Sustentável de Fujisawa
Uma
cidade inteligente reúne uma série de tecnologias que fornecem uma melhor
gestão de recursos em um ambiente urbano, permitindo o uso
responsável dos recursos naturais: mais serviços, mais
oportunidades e uma melhor qualidade de vida. Tais
inovações estão se tornando cada vez mais utilizadas no mundo afora, mas o
custo alto muitas vezes é um empecilho, por isso geralmente não são
adotadas em bairros populares. O Laguna Ecopark será a primeira smart
city social do Brasil, e servirá de exemplo para outras cidades sustentáveis
populares.
A
intenção é que a população de baixa renda deixe os subúrbios para viver em
um sistema social integrado com alta tecnologia, Wi-Fi liberado,
aplicativos específicos para compartilhamento de bicicletas e motos.
Soluções
sustentáveis como reaproveitamento de águas residuais,
controle automatizado da iluminação pública e equipamentos esportivos
especiais localizados em praças que geram energia também serão os
diferenciais do projeto.
Além
de tecnologias inovadoras, os programas sociais também terão destaques.
Será dado atenção especial à educação dos jovens e à saúde, através de
cursos de alfabetização digital, hortas compartilhadas.prevenção médica,
culinária e nutrição.
As
cidades inteligentes a longo prazo proporcionam um menor custo de
manutenção, redução do consumo de energia, diminuição dos custos
sociais, aumento da socialização e maior segurança.
A
conclusão da primeira fase está prevista para terminar ainda este ano,
serão entregues 150 casas e toda a infraestrutura. Os lotes custam a
partir de R$ 24.300,00, que podem ser pagos em 120 vezes, corrigidos pelo INCC
e, após a entrega, pelo IGPM. O restante das moradias devem ficar prontas
no final de 2017. Imagens: Planet Idea
Fonte: SustentArqui