
Situada
no norte da Espanha, uma casa rural abandonada será renovada e dependerá de
excrementos como fonte energética. Uma startup de energias renováveis, a Planet Energy – foi quem desenvolveu o projeto, a pedido dos proprietários.
A
casa energizada por fezes será totalmente auto-suficiente e sustentável e
utilizará os resíduos dos próprios habitantes e animais.
Megahan
Sapp e seu marido, Iñigo Arana irão viver na casa energizada assim que a
renovação terminar. Ao todo, o projeto que tem previsão de conclusão neste ano,
custará cerca de 500 mil euros, sendo que o investimento em energia representa
20% das despesas totais. Os engenheiros estimam que levará cerca de cinco
anos para o sistema na fazenda pagar a si próprio.
A
renovação da casa abrangerá 100% dos resíduos, incluindo excrementos humanos
que serão convertidos em biogás, o qual, por meio da digestão anaeróbica,
fornecerá a energia necessária para aquecer a residência, eletrificar o forno e
fornecer água quente. O projeto se coloca como viável tecnologicamente e
economicamente, por se tratar de uma escala pequena. Segundo os fundadores,
trata-se basicamente de um sistema de fossa séptica adaptado, para que
possa aproveitar o que de outra forma seria perdido usando um sistema séptico
regular.
O
sistema utiliza bactérias e enzimas para acelerar a decomposição de resíduos,
em seguida, captura de metano para abastecer a casa. Ele irá gerar energia
suficiente para aquecimento e gás, de modo que o casal também vai usá-lo para
aquecer uma banheira de hidromassagem. A tecnologia também irá fornecer mais
água e adubo para o jardim.
A
startup Planet Energy, que é pioneira em estações de tratamento de biogás em
menor escala, também está trabalhando em uma proposta de projeto na Espanha
para reciclagem do lixo para um complexo de apartamentos. A empresa também
planeja levar a tecnologia para comunidades em locais como a África
rural, fornecendo saneamento e energia e, sobretudo, dignidade.
E
já que estamos falando de uma casa energizada por fezes, olha esse ônibusno Reino Unido movido por fezes humanas e lixo orgânico.
Fonte: SustentArqui