Crimes ambientais aumentaram 26% em 2015, aponta relatório do PNUMA


Documento que contou com informações da Interpol, aponta que crimes ambientais só não movimentaram mais economia que outras três atividades ilegais.


De acordo com o relatório “Aumento dos Crimes Ambientais”, publicado dia 4 deste mês pelo PNUMA (Programa das Nações para o Meio Ambiente), os crimes ambientais são a quarta atividade ilegal mais lucrativa em todo mundo. No documento, a organização detalha que o número de ocorrências aumentou 26% só em 2015, fato que levou a atividade a se destacar negativamente no ranking (perdendo apenas para o tráfico de drogas, falsificação e tráfico de pessoas).
Segundo o PNUMA, os crimes ambientais foram responsáveis pela movimentação de 92 bilhões a 258 bilhões de dólares neste último ano, superando à estimativa de 70 bilhões a 213 bilhões de 2014. Dentre as principais atividades caracterizadas como crime ambiental estão: o comércio ilegal de animais selvagens, a exploração ilegal de madeira, a exploração ilegal de ouro e outros minerais, a pesca ilegal, fraude de crédito de carbono, entre outros.
Com base em dados e informações fornecidas pela Interpol, que contribuiu para documentação do relatório, o PNUMA concluiu que o grande aumento registrado se deve à fragilidade das legislações e falta de financiamento para as forças de segurança responsáveis pelo combate das atividades.
Desta forma, redes criminosas poderosas e mercenários atuam quase que tranquilamente em todo o mundo e lucram com um comércio que forma conflitos, devasta ecossistemas e ameaça espécies em extinção. A Interpol alerta para o forte crescimento da categoria e aponta os principais problemas sustentados pela ilegalidade do setor – que cresce de duas a três vezes mais rápido que a economia global.
“O resultado não é apenas devastador para o meio ambiente e comunidades locais, como para todos aqueles que são ameaçados por empreitadas criminosas. O mundo precisa se unir agora para tomar iniciativas nacionais e internacionais para acabar com o crime ambiental”, destaca o diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner, em entrevista publicada no site brasileiro da ONU. “Os vastos montantes de dinheiro gerados nesses crimes mantêm sofisticadas gangues criminosas internacionais no negócio, e impulsionam a insegurança no mundo”, conclui o representante do programa.
Uma das iniciativas da ONU para tratativa e combate da questão foi o lançamento da campanha “Wild For Live”, que contou com o apoio de celebridades internacionais para mobilização de milhões de pessoas ao redor do mundo e, assim, diminuir a atuação de mercenários e traficantes.

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