Depois
de meses de negociações, a multinacional farmacêutica Bayer anunciou dia 16 a
compra da empresa agroquímica Monsanto, conhecida por produzir sementes
geneticamente modificadas e pesticidas, como o glifosato.
O
negócio ainda terá de ser aprovado, mas a avançar a fusão destas duas empresas
dá origem ao maior grupo de grupo de sementes e pesticidas do mundo. Isto
porque a multinacional alemã Bayer, que já tinha a própria produção de
sementes, terá agora livre acesso à base de dados da Monsanto, com mais de duas
mil variedades de organismos geneticamente modificados.
Nos
últimos anos, a Monsanto tem estado envolta em variadas polémicas,
principalmente ligadas à produção de sementes geneticamente modificadas. A
empresa tem muito maior expressão nos EUA do que na Europa, mas mesmo assim
milhares de sementes de milho geneticamente modificadas entram no mercado
europeu.
Em
comunicado a Bayer, declarou que este negócio permitirá combinar produtos de
cada uma das companhias e significará uma poupança em torno dos 1500 milhões de
dólares, após o terceiro ano. A gigante alemã é mais conhecida pela sua atividade
na indústria farmacêutica, mas tem também um sector da empresa a trabalhar no
sector agrícola, no desenvolvimento e produção de herbicidas, pesticidas e
fungicidas, entre outros. A fusão das duas empresas pode originar qualquer
coisa entre um quarto a um terço de quota de mercado.
A
associação ambientalista Quercus que, nos últimos anos tem alertado para a produção
e consumo de organismos geneticamente modificados, mostrou preocupação com esta
situação já que “esta união poderá ter implicações graves para o Ambiente e a
saúde pública, bem como para os pequenos agricultores que não terão condições
para competir neste mercado, cada vez mais monopolizado, e para os consumidores
que veem decrescer o seu poder sobre os alimentos que consomem e o modo como
são produzidos. “
Um
negócio a acompanhar nos próximos tempos.
Fonte: Green Savers