O
Brasil alcançou a marca de 10 gigawatts (GW) de capacidade eólica instalada,
distribuída em 400 parques e mais de 5.200 aerogeradores em operação neste ano.
Com isso, essa fonte de energia renovável representa 7% da matriz energética
brasileira e registra 80% de nacionalização.
No
ano passado, a energia eólica abasteceu mensalmente uma população equivalente a
todo o Sul do país e gerou 41 mil postos de trabalho. Os investimentos feitos
desde 1998 chegam a R$ 60 bilhões. No mesmo período, essa fonte energética teve
participação de 39,3% na expansão da matriz, enquanto a hidrelétrica ficou com
35,1% e a termelétrica 25,6%.
Os
dados foram divulgados no dia 30 de agosto, na abertura da 7º Wind Power 2016,
encontro anual do setor, no Centro de Convenções Sulamérica, região central do
Rio. No evento, a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica)
anunciou que estão contratados perto de 9 GW em 2016 e a previsão é chegar a
2020 com 18,4 GW de capacidade instalada. Com a realização de novos leilões,
como o previsto para dezembro deste ano, mais capacidade deverá ser adicionada
à curva abaixo para os próximos anos.
O
Brasil tem se destacado mundialmente no setor energético. De acordo com o GWEC
– Global World Energy Council, nosso país foi o quarto em crescimento de
energia eólica no mundo em 2015, considerando os números de capacidade
instalada, atrás da China, dos Estados Unidos e da Alemanha e representando
4,3% do total de nova capacidade instalada no ano passado no mundo todo. Em
percentual, foi a nação que mais cresceu no mundo. De acordo com o “Boletim de
Energia Eólica Brasil e Mundo – Base 2015”, divulgado pelo Ministério de Minas
e Energia em agosto de 2016, o Brasil subiu sete posições, nos últimos dois
anos, ocupando hoje o oitavo lugar em geração, representando cerca de 3% de
toda produção eólica mundial.
É
muito positiva a substituição das energias fósseis pelas renováveis, como a
produção eólica. Vale ressaltar que, para essa transição, e depois dela, é cada
vez mais importante o papel do consumidor. Consumir energia de forma consciente
é optar por fontes mais sustentáveis já existentes e demandar do mercado soluções
de qualidade e em quantidade adequadas, além de utilizar o necessário para
garantir bem-estar, sem desperdício. Apoiar o desenvolvimento de fontes
renováveis de energia e a educação para o consumo consciente também são formas
de contribuir para um futuro mais sustentável.
Fonte: Instituto Akatu