
Os
dados foram divulgados hoje ao início da tarde e não deixam margem para
dúvidas: 2016 foi o ano mais quente de que há registos. No ano passado, a
temperatura média global do ar em terra e no mar ultrapassou todos os dados
registados desde 1880.
Na
informação hoje divulgada pela agência espacial norte-americana e pela agência
governamental dos Estados Unidos para a atmosfera e os oceanos (NOAA) é
possível observar que a temperatura média à superfície da terra e dos oceanos
anda 0,94º C acima da média registada no decorrer do século XX.
O relatório
anual destas entidades refere ainda que o século XXI tem
alcançado os mais altos valores de sempre, com os anos de 2005, 2010, 2014,
2015 e agora 2016 a surgirem como bandeiras vermelhas. Bandeiras vermelhas
estas que estão, mais uma vez, a ser diretamente relacionadas com as alterações
climáticas e com o impacto da atividade humana. “O efeito da atividade humana
sobre o clima já não é subtil” segundo as palavras do cientista da Universidade
da Pensilvânia, Michael Mann, em declarações ao The Guardian.
Analisando
o ano de 2016 de uma perspectiva global, os meses de Janeiro a Abril, Junho,
Julho e Agosto ganharam um lugar na lista de 12 meses mais quentes nos já
longos 137 anos de registos mundiais. O fenómeno El Nino é apontado como uma
das causas para este aumento das temperaturas, em especial na região do Oceano
Pacífico.
O
panorama não parece muito sorridente, com o diretor do Instituto Goddard de
Estudos Espaciais, a afirmar que “não temos a expectativa que o planeta bata
recordes todos os anos, mas a tendência de longo prazo é clara.”
Fonte: Green Savers