Design inclusivo para deficientes visuais


O design tem a função de suprir as necessidades das pessoas, porém acabam nivelando essas pessoas pela média, todos com boa saúde e sem nenhuma dificuldade de comunicação. As pessoas que saem da estatística acabam sendo prejudicadas e se sentindo fora desse grupo e acabam ficando dependentes de outras pessoas que estão na media estudada.

As pessoas de baixa visão ou com algum tipo de deficiência visual, faz parte desse grupo que não é considerado na hora do desenvolvimento das embalagens. Os textos com os ingredientes em letras minúsculas podem fazer com que uma pessoa com esse tipo de dificuldade de leitura consuma o produto e corra o risco de ter alguma reação alérgica.

No caso dos remédios a ANVISA determina a obrigatoriedade do nome do remédio em braile nas caixas, além da inclusão de informações sobre conservação e prazo de validade do produto após a abertura. O objetivo da medida é tornar os rótulos de medicamentos mais claros e úteis à sociedade.

Mas no caso de outros produtos de consumo poucos fabricantes se preocupam em colocar as informações em Braile. No caso dos cartuchos de papel não há motivo para isso acontecer pois a tecnologia hoje para a impressão em braile está acessível e pode ser aplicado a curto prazo.

Um exemplo completo nesse sentido é o um projeto conceitual da designer Andrea Zeman de embalagens de temperos. Ela conseguiu através de efeitos táteis, como formas e texturas, uma diferenciação de produto para os deficientes visuais, além do texto em braile.

Já os cartuchos das embalagens da Taeq, além de usarem o papel reciclado obtido nas lojas da rede Pão de Açúcar é uma das poucas empresas que coloca o texto em braile em suas embalagens de papel.
Algumas dicas de design inclusivo:
  • Formas diferenciadas – A forma é muito importante. Os cegos acabam desenvolvendo uma sensibilidade muito grande no tato e conseguem detectar as mínimas diferenças.
  • Texturas – É tão importante quanto a forma.
  • Texto Braille – É a maneira mais fácil e mais lógica para diferenciar as embalagens.
  • Orientação espacial – a embalagem não deve ficar limitada apenas a uma parte de uma área para  chamar a atenção na gôndola. Ela deve ser capaz de se movimentada e guardada em qualquer lugar.
  • Letras legíveis – Informações importantes como ingredientes que podem causar alergia devem ficar em destaque para que possa ser lido com facilidade.
  • Instruções de uso – devem ser claras e se possível utilizar ícones para facilitar a leitura.


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