Diagnóstico de lixões aponta danos à saúde, ambientais e à aviação no Amazonas


A Associação Amazonense de Municípios (AAM) entrega, nesta segunda-feira (23), os Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de 59 cidades no Estado. Os projetos foram elaborados após o diagnóstico da situação de lixões em todas essas localidades, onde uma equipe técnica comprovou uma série de danos causados pela má destinação do lixo, com implicações na preservação ambiental, na saúde da população e na economia.

Em entrevista ao portalamazonia.com, o presidente da AAM, Jair Souto, afirmou que foram investidos R$ 2,8 milhões nos estudos do Programa de Apoio à Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento e de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos Municípios do Amazonas (Plamsan). Parte dessa verba (R$ 1 milhão) veio de repasse do Governo do Estado, enquanto o restante foi a contrapartida do próprio órgão.
Uma equipe técnica multidisciplinar, com cerca de 30 pessoas, foi encarregada de analisar a situação de cada município. “Nessas cidades, comprovamos que cuidar de resíduos sólidos é, também, investir em saúde, economizando gastos que surgem em doenças na população. A dificuldade de acesso via aérea, por exemplo, também mostra as consequências dos lixões com a presença de urubus próximo aos aeródromos, que também causam riscos à segurança de voos na região”, comentou.
A entrega dos planos faz parte de uma exigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos. A partir de agosto, esse será requisito fundamental para o recebimento de recursos para o financiamento de projetos e ações voltadas à limpeza urbana e ao tratamento e destinação dos resíduos sólidos. No Amazonas, 95% dos municípios estarão aptos a receber essas verbas.
De acordo com o coordenador-geral do Plamsan, Jeconias Júnior, o trabalho agora é pela busca dos recursos para a implantação dos projetos. “O plano é só o começo das ações. Com o projeto em mãos, cada município decide como vai operar os serviços; se por meio de uma empresa pública, ou terceirizando, ou privatizando esse setor”, declarou.
A estimativa do presidente da AAM, Jair Souto, é que a efetivação das ações planejadas demande recursos na ordem entre R$ 120 milhões e R$ 200 milhões. “Se começarmos os trabalhos agora, dá tempo de concluirmos a implantação desses projetos antes de 2014, como determinado pelo Governo Federal. Mas não podemos perder tempo”, afirmou.
Dos 62 municípios amazonenses, ficaram de fora do Plamsan apenas as cidades de Manaus, Tapauá e Boca do Acre, que desenvolvem projetos individualmente.
Fonte: JMA

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