Usina solar em Manaus será a maior da América Latina

Geração de energia terá potencial para atender quase 4 mil residências, mas fornecimento será adicionado na malha elétrica de Manaus.



O estado do Amazonas promete instalar a maior usinar solar da América Latina em sua capital. Ela terá capacidade para atender 3.757 residências, com consumo médio de 154 kWh/mês, e potencial de 6MW.
Hoje, Manaus possui energia gerada a partir de óleo combustível e diesel, à base hídrica e gás natural. A energia solar será adicionada às alternativas da cidade. As obras da usina devem ser concluídas em dois anos.
“A vantagem é que a gente vai quebrar cada vez mais o uso da energia não renovável e adicionar o uso renovável. Uma usina que poderia estar queimando combustível fóssil com 6 MW mais, vai estar deixando de queimar 6 MW menos”, disse Anderson Bittencourt, vice-coordenador do Centro Estadual de Mudanças Climáticas (Ceclima), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).
O potencial do sol é descomunal e pode ser revertido em muitos benefícios para as pessoas (Infográfico: Celso Paula)
O governo do Amazonas é o responsável por desenvolver este grande projeto, que teve como base estudos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com recursos do Banco de Desenvolvimento da Alemanha. A UFSC possui um grupo de pesquisa em energia solar.
Atualmente o Brasil realiza uma das maiores obras de energia do país, a construção da usina Belo Monte. Entretanto, Bittencourt não é favorável a este tipo de investimento no estado amazônico. “Para a escala de demanda das cidades e comunidades do Amazonas, não precisamos de hidrelétricas. Precisamos de usinas solares e de usinas baseadas em biomassa. Existem características de determinadas regiões que não cabem uma hidrelétrica e é preciso buscar alternativas”.
O projeto da usina pretende instalar 25.650 módulos fotovoltaicos, 570 inversores, em uma área de 44.913,15 metros quadrados. O investimento será dividido entre a Eletrobrás Amazonas Energia, Governo do Amazonas e investidores privados. Estima-se que o projeto custará R$ 40 milhões.
Estratégias para facilitar a fabricação de módulos e baterias no Pólo Industrial de Manaus (PIM) estão sendo estudadas. “Vai ser criado um plano de atração de investimento das empresas para o PIM. Isso é um marco no Brasil. Não existe pólo industrial renovável no Brasil. Não existe sequer uma empresa no país produzindo módulos solares. Não precisaremos mais comprar na Alemanha, Índia ou China”, afirmou Bittencourt.
Enquanto não é confirmada esta alternativa, sabe-se que os equipamentos serão importados. A ideia do projeto é que os sistemas de geração de energia solar possam ser estendidos para 25 municípios do interior do Amazonas.
A maior usina solar instalada no Brasil atualmente está localizada em Tauá, no sertão do Ceará, em uma propriedade do empresário Eike Batista. Ela tem potencial de 1 MW.
Com informações de A Crítica. 

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