Na região que abriga o
sistema de represas do Cantareira, de onde vem a água consumida por 50% da
Região Metropolitana de São Paulo, a The Nature Conservancy (TNC) aliou duas
abordagens de projetos de Pagamentos por Serviços Ambientais – Água e Carbono –
para viabilizar atividades de restauração e conservação das matas que contornam
nascentes, rios e reservatórios. Com a iniciativa, a organização e parceiros
vêm contribuindo para garantir a quantidade e a qualidade da água que chega a
cerca de 10 milhões de pessoas na grande São Paulo, ao mesmo tempo em que ajuda
a mitigar as mudanças climáticas e a gerar ganhos para a biodiversidade e para
as comunidades locais.
Após comprovar a efetividade da iniciativa, e ainda demonstrar o potencial real de captar carbono da atmosfera, um programa amplo, que abrange toda a região do Sistema Cantareira, foi validado de acordo com o padrão CCB (Clima, Comunidade e Biodiversidade), um dos mais conhecidos para o mercado voluntário de carbono. O selo é a comprovação de que o programa tem metas sociais e ambientais claras para atender, para além das questões climáticas, abrindo as portas para investidores interessados em sustentabilidade e em projetos que gerem múltiplos benefícios.
“A certificação torna toda a região apta para a implementação de projetos de carbono. Por isso, representa um marco para o mercado de serviços ambientais em todo mundo, tornando-se a primeira a potencializar os resultados de carbono e água na mesma geografia.”, explica Gilberto Tiepolo, gerente da Estratégia de Serviços Ambientais da TNC.
O programa de atividades aprovado aceitará novos projetos até dez anos após a validação. Cada projeto terá uma vida útil de 30 anos, que corresponde ao período máximo de obtenção de créditos para projetos de florestamento/reflorestamento.
Segundo Tiepolo, as áreas elegíveis para projetos de carbono em toda a extensão do sistema Cantareira somam 13 mil hectares. O primeiro projeto validado abrange 185 hectares no entorno do Reservatório Cachoeira, em Piracaia. A estimativa é de que esse projeto consiga absorver da atmosfera, ao longo de 30 anos, 48,8 mil toneladas de CO2 equivalente.
Uma região de rica biodiversidade
A área do programa encontra-se dentro do domínio da Mata Atlântica, mais precisamente, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual do Sistema Cantareira, que se sobrepõe a uma parte da APA Estadual Piracicaba/Juqueri-Mirim, instituída para assegurar a manutenção dos mananciais de captação de água para a Grande São Paulo.
Ao adotar técnicas de restauração florestal com uso de espécies nativas, o projeto potencializa a manutenção e recuperação do bioma Mata Atlântica. Ações de restauração aceleram o processo de regeneração das florestas, viabilizando assim o restabelecimento das interações entre flora e fauna e diminuindo o risco de perda de diversidade.
Ao propor a restauração de áreas de mata ciliar, o projeto viabiliza a recuperação de inúmeros serviços ambientais (em especial os relacionados à conservação de água, de solos e à biodiversidade), contribuindo não só para a melhoria da qualidade de vida das comunidades de entorno, mas também, para a manutenção dos mananciais que compõem o Sistema Cantareira.
O Sistema Cantareira
O Sistema Cantareira é um dos maiores sistemas de abastecimento de água do mundo. Ele abrange os mananciais das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Juntas, as bacias hidrográficas do Sistema Cantareira produzem 50% da água consumida pelos cerca de 20 milhões de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), suprindo um total de 10 milhões de pessoas. O Sistema Cantareira produz 33 mil litros de água por segundo; sua área total tem aproximadamente 228 mil ha e abrange 12 municípios, sendo quatro deles no estado de Minas Gerais e oito em São Paulo.
Após comprovar a efetividade da iniciativa, e ainda demonstrar o potencial real de captar carbono da atmosfera, um programa amplo, que abrange toda a região do Sistema Cantareira, foi validado de acordo com o padrão CCB (Clima, Comunidade e Biodiversidade), um dos mais conhecidos para o mercado voluntário de carbono. O selo é a comprovação de que o programa tem metas sociais e ambientais claras para atender, para além das questões climáticas, abrindo as portas para investidores interessados em sustentabilidade e em projetos que gerem múltiplos benefícios.
“A certificação torna toda a região apta para a implementação de projetos de carbono. Por isso, representa um marco para o mercado de serviços ambientais em todo mundo, tornando-se a primeira a potencializar os resultados de carbono e água na mesma geografia.”, explica Gilberto Tiepolo, gerente da Estratégia de Serviços Ambientais da TNC.
O programa de atividades aprovado aceitará novos projetos até dez anos após a validação. Cada projeto terá uma vida útil de 30 anos, que corresponde ao período máximo de obtenção de créditos para projetos de florestamento/reflorestamento.
Segundo Tiepolo, as áreas elegíveis para projetos de carbono em toda a extensão do sistema Cantareira somam 13 mil hectares. O primeiro projeto validado abrange 185 hectares no entorno do Reservatório Cachoeira, em Piracaia. A estimativa é de que esse projeto consiga absorver da atmosfera, ao longo de 30 anos, 48,8 mil toneladas de CO2 equivalente.
Uma região de rica biodiversidade
A área do programa encontra-se dentro do domínio da Mata Atlântica, mais precisamente, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual do Sistema Cantareira, que se sobrepõe a uma parte da APA Estadual Piracicaba/Juqueri-Mirim, instituída para assegurar a manutenção dos mananciais de captação de água para a Grande São Paulo.
Ao adotar técnicas de restauração florestal com uso de espécies nativas, o projeto potencializa a manutenção e recuperação do bioma Mata Atlântica. Ações de restauração aceleram o processo de regeneração das florestas, viabilizando assim o restabelecimento das interações entre flora e fauna e diminuindo o risco de perda de diversidade.
Ao propor a restauração de áreas de mata ciliar, o projeto viabiliza a recuperação de inúmeros serviços ambientais (em especial os relacionados à conservação de água, de solos e à biodiversidade), contribuindo não só para a melhoria da qualidade de vida das comunidades de entorno, mas também, para a manutenção dos mananciais que compõem o Sistema Cantareira.
O Sistema Cantareira
O Sistema Cantareira é um dos maiores sistemas de abastecimento de água do mundo. Ele abrange os mananciais das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Juntas, as bacias hidrográficas do Sistema Cantareira produzem 50% da água consumida pelos cerca de 20 milhões de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), suprindo um total de 10 milhões de pessoas. O Sistema Cantareira produz 33 mil litros de água por segundo; sua área total tem aproximadamente 228 mil ha e abrange 12 municípios, sendo quatro deles no estado de Minas Gerais e oito em São Paulo.
Fonte: Instituto Carbono Brasil
