Lenha ecológica tem mais eficiência que a comum na produção de energia



Embrapa Agroenegia incentiva o uso de briquetes de resíduos agrícolas, produzidos a partir de casca de arroz, amendoim e bagaço de cana



por Alana Fraga

A substituição da lenha como fonte de energia pelosbriquetes (lenha ecológica com potencial energético superior) está sendo estimulada pela Embrapa Agroenegia no 7º Congresso Internacional de Bioenergia. O evento ocorre até a próxima quinta-feira (1º/11), em São Paulo.


Casca de arroz, bagaço de cana-de-açúcar, casca de amendoim e pinhão-manso e resíduos de eucalipto e taxi branco são algumas das matérias-primas usadas naprodução dos briquetes. No Brasil, segundo levantamento da Embrapa, existem cerca de 20 indústrias – 40% delas em São Paulo e 35% nos Estados da região Sul do país - que produzem cerca de 7,4 mil toneladas de briquetes por mês. Como o poder calorífico dos briquetes é de 1,8 a duas vezes maior do que o da lenha, o volume produzido equivale a cerca de 14 mil toneladas de lenha.

“A composição básica dele é a mesma da lenha, mas como ele é mais compactado e mais denso, tem um potencial calorífico maior. Por isso estamos fazendo esse trabalho de promoção, para que essa tecnologia seja mais utilizada no Brasil, principalmente para aproveitar melhor os resíduos agrícolas, agroindustriais e florestais”, explica o pesquisador da Embrapa Agroenergia, José Manoel Sousa Dias.

Além disso, por serem mais compactos, os briquetes também levam vantagem no transporte, manuseio e armazenagem.

A melhor aplicação do uso dos briquetes é feito por estabelecimentos comerciais que utilizam fornos a lenha, com padarias e pizzarias. Para se ter um exemplo, uma padaria com forno pequeno usaria cerca de 3 toneladas de lenha por mês ou 1,5 toneladas de briquetes. O custo de uma tonelada de briquete de serragem de madeira varia de R$ 250 a R$ 300, e o de casca de arroz cerca de R$ 300. Aproximadamente 20% das famílias no Brasil ainda fazem uso de fogão a lenha.

Apesar de produzir gás carbônico, assim como a lenha e outras fontes de energia, Dias destaca que os briquetesotimizam o uso de resíduos que já iriam produzir o CO2 durante seu processo de decomposição. “Estamos gerando gás carbônico a partir de um resíduo que pelo seu próprio processo de degradação já iriam produzir gás carbônico. O que estamos fazendo é dar um aproveitamento mais eficiente a esses resíduos e evitando o corte tanto da lenha nativa como a de reflorestamento para esse aproveitamento”, afirma Dias. Fonte: Globo Rural

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