Projetos permanentes de eficiência energética nas cidades são imprescindíveis para o funcionamento dos serviços essenciais e a segurança da população nas ruas. Em tempos de apagões, medidas governamentais são necessárias para tentar diminuir o valor da conta de luz dos cidadãos e problemas de abastecimento por conta dos períodos de seca nas hidrelétricas. Pensando nisso, as concessionárias também agem cada vez mais em prol da economia de energia.De acordo com a consultoria Pense Eco (SP), esses projetos visam a redução de despesas por meio da otimização do uso dos insumos energéticos. Ou seja, é o mesmo serviço ou produto, mas com menor gasto de energia e recursos, e com ganhos de qualidade e competitividade.
“Todos os consumidores de energia elétrica, sejam eles de indústrias, comércio ou residências, fazem uma contribuição direta, na ordem de 1%, na conta de energia. Segundo a legislação, as concessionárias precisam destinar o montante arrecadado para pesquisas de desenvolvimento do setor ou projetos de eficiência energética”, explica Marcelo Sigoli, diretor-executivo da Pense Eco e integrante da diretoria da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco). “Ainda de acordo com a lei, 60% desses recursos precisam ser destinados à população de menor renda, que recebe doações de lâmpadas e eletrodomésticos, além de projetos de cidadania quanto ao uso consciente da energia”. Dentro deste conceito, a Pense Eco desenvolve ações em escolas, a fim de que os professores sejam multiplicadores dentro das comunidades, junto a pais e alunos.
A aplicação dos recursos pode ser feita desde serviços de refrigeração e iluminação pública, até investimentos em equipamentos de força motriz. Em 2012, em conjunto com a prefeitura de São Paulo, a AES Eletropaulo, por exemplo, concluiu um conjunto de obras de substituição do sistema de iluminação em 20 túneis do município, com investimento de R$ 38,2 milhões. A ação possibilitou redução de 1.922 MWh, equivalente a 80% na economia de energia elétrica, que representa o consumo mensal de 8.500 residências. O projeto teve duração de dois anos.
De acordo com a distribuidora, 17 túneis foram contemplados com tecnologia LED (diodo emissor de luz), que possui vida útil superior às lâmpadas tradicionais, promovendo redução de custos de manutenção e maior segurança. “Além de econômicas, e com menor necessidade de manutenção, esse tipo de iluminação garante que os motoristas e pedestres não tenham dúvidas em relação à cor do semáforo, independentemente do reflexo da luz solar, afirma Fernando Bacellar, coordenador de Usos Finais de Energia. A Eletropaulo também tem investido na instalação de lâmpadas de LED em semáforos da cidade de São Paulo, projetos em escolas municipais, hospitais e prefeituras de outras cidades da área de concessão. Fonte: Portal da Energia
