Arlington, EUA. As abelhas e outras espécies de insetos silvestres são cruciais no processo de polinização de diversos produtos agrícolas, vitais para a alimentação dos seres humanos, apontam os estudos apresentados na última quarta-feira por uma equipe de 50 cientistas de todo o mundo. A pesquisa de uma dessas publicações foi liderada pela Dra. Christina M. Kennedy, cientista da organização ambiental The Nature Conservancy (TNC).
Os resultados dos estudos científicos sinalizam que a intensificação da agricultura industrial e seus processos, incluindo o uso de pesticidas, de produtos químicos sintéticos, extensas lavouras, a baixa diversidade de cultivos e, sobretudo, a perda do habitat natural ao redor dos campos produtivos impactam negativamente às populações de abelhas silvestres. Isso se deve principalmente pelo fato de as abelhas silvestres conseguirem polinizar muito mais efetivamente cultivos importantes como café, maçãs, tomates, melancias, abobrinhas, amêndoas e avelãs do que outros métodos, como abelhas de mel domesticadas.
Os relatórios foram publicados pelas revistas científicas Science e Ecology Letters, e esta última está disponível de maneira gratuita no link http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ele.12082/full
TNC
A TNC é a maior organização de conservação ambiental do mundo. Está em mais de 35 países, adotando diferentes estratégias com a missão de conservar as terras e águas das quais a vida depende. No Brasil, onde atua há 25 anos, a TNC promove iniciativas nos principais biomas brasileiros – Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal –, com o objetivo de compatibilizar o desenvolvimento econômico e social dessas regiões com a conservação dos ecossistemas naturais.
Por meio de seu programa de Conservação da Mata Atlântica e Savanas Centrais, a TNC estabelece parcerias com os diversos setores da sociedade a fim de proteger e restaurar áreas prioritárias dentro desses biomas. No programa da Amazônia, a organização vem trabalhando para facilitar e promover a conservação de terras indígenas há mais de dez anos, além de desenvolver ações para a regularização ambiental de municípios estratégicos e para minimizar as causas e efeitos das mudanças climáticas.
Atualmente, a organização e seus mais de um milhão de membros ajudam a proteger 130 milhões de hectares em todo o mundo. Saiba mais sobre a TNC em http://portugues.tnc.org.
Fonte: TNC