A PT Gistex detém uma fábrica que transformou um outrora rio límpido num curso de água com um cocktail de químicos, de acordo com um relatório publicado ontem pela Greenpeace.
Segundo a ONG ambiental, o Rio Citarum está a ser destruído por empresas como a Gap. “A última publicidade da Gap declara que todos nós deveremos “ser inteligentes”, mas ao colaborar com fornecedores tóxicos, as suas roupas estão a transformar o [rio] Citarum numa confusão multicor”, afirmou Ashov Birry, activista da Greenpeace para o Sudoeste Asiático.
“A Gap e outras grandes marcas precisam de trabalhar com os seus fornecedores na Indonésia e outros locais para eliminar urgentemente toda a utilização de químicos nefastos da sua cadeia de fornecimento e produtos, antes que seja tarde demais”, explicou Birry.
A organização ambiental identificou uma gama diversificada de produtos químicos perigosos, incluindo o nonilfenol, fosfato de tributil –e níveis elevados de antimónio dissolvido, um metalóide venenoso usado para o fabrico de poliéster.
A descarga de águas residuais a partir de duas pequenas fontes intermitentes é também extremamente alcalina, indicando que o efluente não tinha recebido o tratamento mais básico. Águas residuais com um valor de14 pH é algo muito cáustico, que vai queimar a pele humana que entra em contacto directo como fluxo, tendo provavelmente um impacto fatalsobre a vida aquática nas proximidades da área de descarga.
“As pessoas que vivem ao longo deste rio, que dele se socorrem para beber água, têm o direito de saber o que está a ser libertado lá – e os clientes de uma multinacional como a Gap têm o direito de conhecer que químicos estão a ser utilizados para fabricar as suas roupas”, concluiu Birry.
Fonte: Green Savers
