As roupas que você usa no dia a dia poluem o meio ambiente para serem fabricadas? Será que existem crianças ou trabalhadores escravizados por trás da produção das calças e camisas que você veste? Para esclarecer o consumidor a respeito dessas e de muitas outras questões, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) criou o selo Qual*.
Trata-se de um selo verde desenvolvido para atestar o grau de comprometimento das empresas do setor têxtil -fabricantes de roupas, tecidos, uniformes, linhas e zíperes, entre outros artigos - com as questões socioambientais.
A certificação possui três níveis - bronze, prata e ouro -, que variam de acordo com o número de requisitos avaliados que a empresa consegue cumprir. Entre eles:
- descarte correto de resíduos
- prevenção de poluição;
- redução do uso de água e energia nas atividades produtivas;
- criação de metas ambientais;
- identificação das atividades realizadas pelos fornecedores;
- implantação de políticas de responsabilidade social e
- cumprimento da legislação trabalhista, sendo avessa ao trabalho infantil e escravizado e à discriminação.
Criado em 2006, o selo verde Qual é voluntário. As companhias interessadas a se submeter ao processo de certificação sustentável devem procurar a Abit, que oferece ainda consultoria técnica em gestão de inovação para diagnóstico, capacitação e apoio na implantação de mudanças. Atualmente, 21 empresas participam da consultoria, 10 estão em processo de certificação e 3 já possuem o selo Qual. São elas: Moais Roupas Profissionais, W Uniformes e Commanders Uniformes.
"O selo se configura como um instrumento estratégico diante de consumidores cada vez mais exigentes e conscientes. Com ele, o fabricante agrega valor à sua marca e torna-se mais competitivo tanto no mercado interno como no global", afirma Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Abit.
Fonte: Planeta Sustentável