Belize: empresa de construção destrói pirâmide Maia

Uma empresa de construção civil destruiu uma das maiores pirâmides maias do Belize, com retroescavadeiras, quando procurava extrair rocha para um projecto de construção de estradas.


O director do Instituto de Arqueologia do Belize, Jaime Awe, disse que a destruição no complexo Nohmul foi detectada na semana passada. O centro cerimonial remonta a, pelo menos, 2.300 anos e é o local mais importante no norte do Belize, próximo da fronteira com o México.

“É um sentimento de incrível descrença devido à ignorância e insensibilidade”, disse Awe. “É como levar um soco no estômago, é simplesmente horrível.”
Awe defende que é impossível os construtores terem confundido uma pirâmide, com 30,5 metros de altura, com uma colina natural, uma vez que as ruínas eram conhecidas e a paisagem é naturalmente lisa.

Fotografias captadas no local, no momento da destruição, revelam retroescavadoras a remexerem nas encostas da pirâmide, deixando apenas um núcleo isolado de rochas de calcário no centro.

Segundo a CBS News, a polícia já está a conduzir uma investigação e existe a possibilidade de se proceder a acusações criminais. O complexo Nohmul está localizado em terras privadas, mas a lei diz que qualquer ruína pré-hispânica está sob a protecção do governo.

O Belize não é o único lugar onde a obra da civilização maia está a ser destruída. Infelizmente, isso estende-se a todo o sudeste do México e às Honduras. “Acho que não estou a exagerar se disser que todos os dias um monte maia é destruído para a construção, num dos países onde os maias viveram”, escreveu Francisco Estrada-Belli, do Departamento de Antropologia da Universidade de Tulane.

É assim que, de forma incompreensível, mais um património dos antigos maias se finda.

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