Pedro Passos, sócio da Natura, assume presidência da SOS Mata Atlântica

Roberto Klabin e Pedro Passos, durante a passagem da presidência da Fundação SOS Mata Atlântica Foto: Divulgação/SOS Mata Atlântica
Da Redação - Marcos Coutinho

O executivo Pedro Passos, 61, sócio da Natura, assumiu a presidência da Fundaçã SOS Mata Atlântica em substituiição a Roberto Klabin, que esteve no comando da entidade nos últimos 22 anos, com a intenção de promover a conscientiação ambiental.


 Além de dar continuidade à gestão anterior, o desafio, segundo o próprio Passos, será aumentar a abrangência em áreas de atuação nas quais a Fundação SOS agia indiretamente. O novo presidente pensa em dar foco à promoção de educação cidadã e ambiental nas metrópoles, por exemplo.

"Grandes cidades como São Paulo estão em uma região que era antes ocupada pela mata atlântica", diz ele. Na nova estrutura administrativa, Passos contará com quatro vice-presidentes: José Olympio Pereira, presidente do Credit Suisse no Brasil; Roberto Oliveira, ex-presidente da Vivo; Morris Safdie, gestor do mercado financeiro; além do próprio Klabin. Antes havia apenas um vice o próprio Passos, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.

"Questões fundamentais como abastecimento de água, qualidade do ar e mobilidade urbana fazem parte da agenda. Até porque as grandes cidades são um pedaço da solução, e não só do problema. Nelas estão concentrados centros de inovação e produção de cultura", afirma.

Outro foco de atuação será a ampliação das unidades de conservação marítima e de áreas protegidas na costa brasileira. "A mata atlântica localiza-se predominantemente sobre a costa, onde há poucas unidades de conservação e proteção. Elas são fundamentais para a preservar a fauna e a flora do mar".

Passos considera ainda "muito baixo" o nível de mobilização da população e dos políticos nas questões socioambientais. A boa notícia, segundo ele, é que com a regulamentação de uma lei própria para a preservação da mata atlântica, em 2006, a devastação vem diminuindo.

Sobre o Código Florestal, Passos admite alguns prejuízos, mas faz ressalvas. "Reconhecemos que a nova lei traz alguns prejuízos para o ambiente. Mas o mais importante é o cumprimento da lei. Porque senão voltamos a uma situação de desrespeito".

CAMPANHA 
Durante o "Viva a Mata", foi lançada a campanha nacional "Cumpra-se", pelo cumprimento do Código Florestal.

Peça-chave da legislação ambiental brasileira, o Código Florestal define as áreas que devem ter a vegetação conservada e as que podem ser usadas para a agricultura e a pecuária.

O código foi aprovado pelo Congresso no ano passado, depois de anos de discussão entre ambientalistas e a bancada rural do Congresso.

Ambientalistas participantes do projeto dizem que, apesar de terem se colocado contra o código, brigam pela sua aplicação agora que a questão está decidida. Eles querem evitar um vácuo na lei.

"Queremos estimular a cidadania e o acompanhamento da lei em um processo participativo e de fiscalização do poder público", afirmou Mario Mantovani, diretor da Fundação SOS.
Fonte: Olhar Direto

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