Os cogumelos mais estranhos do mundo - Fungos que brilham no escuro, causam alucinações, assumem formatos esquisitos e até transformam formigas em zumbis.


Existem cerca de 1,5 milhão de espécies de fungos em nosso planeta. Destes, apenas uma parcela desenvolve as belas estruturas que conhecemos como cogumelos.

Eles se proliferam nas mais variadas cores e ambientes, manifestam-se como pequenos espécimes azuis ou longos ramos escarlates que brotam do chão como verdadeiros dedos do diabo. Seus inusitados formatos escondem diferentes habilidades – uns brilham no escuro, outros causam alucinações. Os tóxicos podem levar à morte, já as variedades comestíveis chegam a valer 100 mil dólares por quilo.

O universo dos fungos e o fascínio por estes seres vivos parecem inesgotáveis. Conheça abaixo algumas espécies bizarras e charmosas que você não pode deixar de conhecer.

Se uma espécie de fungo tivesse inspirado o artista belga Peyo a criar os Smurfs – simpáticas criaturas azuis que vivem em cogumelos nos quadrinhos infantis –, sem dúvida seria o Entoloma hochstetteri. Este fungo azul é típico da Nova Zelândia.

Clathrus ruber se desenvolve no formato de uma esfera esburacada e adquire uma coloração que vai de rosa pálido a um forte tom avermelhado. São similares ao Clathrus crispus.

Existem dezenas de cogumelos que brilham no escuro, entre eles o Mycena chlorophos (foto). A função da luz verde dos fungos bioluminescentes gera debate. A característica poderia estar associada à dispersão de esporos, que por vezes dependem do esbarrar de animais para serem liberados no ar e atuar na reprodução destes cogumelos.

Parece uma fotografia feita debaixo d’água, mas o Clavaria zollingeri é um cogumelo que cresce na terra. Violeta e de ramificações que lembram um coral, este curioso fungo chega a 10 centímetros de altura. Uma espécie parecida é a Clavulina amethystina.

cogumelo véu-de-noiva (Phallus indusiatus) chega a 25 centímetros de comprimento. Sua estrutura mais característica, que lembra uma rede, surge do topo e cresce ao redor do cogumelo já erguido no chão. Espécies similares são a P. cinnabarinus e a P. multicolor, que exibem véus vermelho e amarelo, respectivamente.

Um cogumelo que sangra? A substância vermelha que o fungo Hydnellum peckii libera de seus poros já lhe rendeu algumas associações populares com geleias e até com o Satanás. Estudada pela medicina, esta espécie de “seiva” contém propriedades anticoagulantes.

Em inglês, este fungo é conhecido como “stinky squid”, ou seja, a lula fedorenta. Os quatro braços unidos no topo remetem ao formato do molusco marinho e o forte cheiro que emana desta substância lodosa (e escura, ao centro) justifica o apelido do Pseudocolus fusiformis. Seu odor atrai insetos, que por sua vez ajudam a dispersar os esporos.

Não há apenas um cogumelo alucinógeno, mas o Amanita muscaria é certamente o mais famoso deles. Este icônico fungo branco e vermelho tem muscimol como sua principal substância psicoativa e baixa toxicidade, sendo letal apenas se consumido em grandes quantidades.

Apesar de não ser tóxico e classificar-se como comestível, o fungo Laccaria amethystina pode acumular substâncias encontradas em solo contaminado, do qual se alimenta. Entre elas está o arsênico, que é prejudicial à saúde humana.

Soa como uma cena de filme de terror: um engenhoso fungo hospeda-se no corpo de uma formiga ainda viva e se prolifera, consumindo-a até a morte. Durante o agonizante processo, o inseto caminha até uma planta e finca suas mandíbulas em uma folha, num estado inerte que remete a zumbis. Espécies do gênero Cordyceps eOphiocordyceps estão entre os parasitas mais comuns.





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