Inovações sustentáveis desenvolvidas por jovens brasileiros


Não é só no exterior que os jovens vêm desenvolvendo soluções sustentáveis para diminuir os impactos causados pela sociedade no meio ambiente. O CicloVivo visitou a 7ª Feira Tecnológica FETEPS, realizada em São Paulo até a última quinta (24), e separou cinco inovações em tecnologias verdes expostas no evento.


Entre as principais novidades, figura uma válvula sustentável que calcula o tempo de banho, uma moto capaz de carregar celulares com a energia do sol e uma lanterna para bicicletas que acende conforme os movimentos das pedaladas.

Criadores da válvula sustentável para chuveiro apresentam a solução durante a 7a FETEPS. | Foto: CicloVivo

Válvula sustentável para chuveiro
A grande demanda por água encanada nos meses de verão no litoral paulista fez com que os estudantes da ETEC Caraguatatuba desenvolvessem uma válvula sustentável para chuveiros: criado por uma equipe de três estudantes, o sistema evita que as pessoas demorem no banho, economizando água e dinheiro.

Ainda sem patrocinadores, o controlador de tempo restringe o banho em até quinze minutos e tem um custo de implantação que é superado nos descontos de água e luz. “Quando você está debaixo do chuveiro, não tem noção de que o tempo está passando. Como o banho é uma atividade confortável, muitas vezes, as pessoas perdem a noção e querem continuar debaixo d’água”, explicou a estudante Monica Pazzini, responsável pelo projeto.

O módulo desenvolvido por estudantes de informática permite que motociclistas carreguem seus celulares com a luz do sol. | Foto: CicloVivo

Baú solar para motociclistas
Um grupo de estudantes de informática da zona leste de São Paulo decidiu criar uma maneira sustentável para aproveitar o tempo que os motociclistas passam no trânsito diariamente. Batizado de Kit Baú Solar, o sistema conta com uma placa fotovoltaica instalada no baú da moto, usada para carregar celulares e outros gadgets durante as viagens.

No módulo criado pelos estudantes, a energia do sol é processada pelo painel e enviada para quantos cabos USB forem necessários, mantendo os aparelhos ligados em situações de emergência. “Nós tivemos esta ideia devido aos motoqueiros que reclamavam que acabava a bateria de seus celulares em momentos importantes”, comentou Marcel, de 18 anos, um dos idealizadores da tecnologia.

O sistema instalado na bicicleta dos alunos de Bebedouro faz com que a lanterna de LED seja ativada com as pedaladas. | Foto: CicloVivo

Lanterna para bike alimentada com pedaladas
Com o objetivo de reduzir o descarte de pilhas e baterias no meio ambiente e aumentar a segurança dos ciclistas, três estudantes de Bebedouro, no interior de São Paulo, criaram uma lanterna ativada com a energia das pedaladas. Desenvolvido com peças recicladas de impressoras, o dispositivo Eletrophotobike é durável e à prova d’água.

Como o módulo transforma a energia mecânica em eletricidade, o equipamento não permanece aceso quando a bicicleta está estacionada – aumentando, assim, a vida útil da lanterna sustentável. A Eletrophotobike ainda está em fase de testes, mas seus criadores têm a intenção de colocar o produto no mercado, para ser vendido a preços acessíveis. “Os produtos ecológicos deveriam custar mais barato do que os convencionais. É preciso que o governo dê incentivos, para que os produtos ecológicos sejam mais baratos, incentivando as pessoas a comprá-los”, afirmou Tiago Gimenez, responsável pelo projeto.

O tijolo de jornal tem custo de produção aproximado de cinco centavos e é mais resistente que os convencionais. | Fotos: Juan & Diego/Pedro Sousa (Flickr)

Tijolo de jornal
Ao contrário da maior parte dos materiais de construção, o tijolo de jornal e gesso tem impacto zero no meio ambiente, além de ser produzido com resíduos. Criadas por três alunos de Ribeirão Pires, as unidades têm custo de fabricação aproximado de cinco centavos e podem ser montadas de forma artesanal, já que dependem apenas de um liquidificador e uma estufa.

Mais resistente que a versão convencional, o tijolo de jornal é bem mais leve, mas ainda não há perspectiva de comercialização. “A implantação do tijolo de jornal iria economizar em todas as etapas, dos recursos e processos de produção à distribuição”, contou o estudante Lucas Araújo Rego, 23 anos.

A fibra do coco, que leva um longo tempo para se decompor, foi a matéria prima para a produção do copo térmico. | Fotos: Bernardo Barlach/Vinicius Costa (Flickr) 

Copo térmico com fibras de coco
As fibras de coco, que levam até oito anos para se decomporem na natureza, se transformaram num copo térmico graças a um projeto de três alunos da ETEC Trajano Camargo, em Limeira. O recipiente também utiliza canos de PVC reaproveitados e fibra de carnaúba, uma resina natural não tóxica e de extração sustentável.

Batizado de Termicoco, o projeto dos estudantes deverá ser aprimorado, com objetivo de produzir garrafas térmicas eficientes. Cada unidade levou três dias para ficar pronta – boa parte dos processos foi executada nas próprias casas dos alunos. “Enquanto os copos descartáveis causam prejuízos para o meio ambiente, o copo térmico de fibras de coco pode ser usado várias vezes, com um material que leva anos para se desfazer”, explicou Jhonatan Nunes Xavier, um dos inventores do projeto.
Fonte: CicloVivo

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