Parceria global apoiará 30 países a tornarem suas economias mais "verdes"


Países como Burkina Faso, Peru, Ilhas Maurício, Mongólia e Senegal, entre outros, poderão impulsionar suas economias com uma variedade de investimentos e de políticas para tecnologias limpas, eficiência de recursos, empregos verdes, conservação de ecossistemas e boa governança.


A transformação, por meio da Parceria para Ação pela Economia Verde (Page) da ONU, que espera ampliar seu apoio a 30 países até 2020, vai gerar dividendos sociais, ambientais e econômicos.

Mais de US$ 11 milhões foram doados pela Noruega, Finlândia, Coreia do Sul, Suíça, Suécia e a Comunidade Europeia para apoiar iniciativas da Page. O anúncio foi feito na primeira Conferência Global da Page, nos Emirados Árabes Unidos, promovida do Sheikh Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, vice-presidente e primeiro-ministro dos Emirados e governante de Dubai.
O evento teve a participação de mais de 30 ministros da Fazenda, Meio Ambiente, Trabalho e Comércio de todo o mundo e de oficiais de alto nível da ONU, especialistas internacionais e representantes da iniciativa privada e da sociedade civil.





Chegou o momento de assegurar que até 2015 – quando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio serão substituídos pelos os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – a comunidade global tenha definida a estratégia e as políticas para integrar totalmente a natureza com o planejamento econômico”
Achim Steiner, diretor executivo do Pnuma
“Os próximos dias serão uma oportunidade para identificar ideias inovadoras e melhores práticas que podem ser replicadas e ampliadas, assim como preocupações comuns que precisam de mais estudos e resoluções. Juntos, podemos contribuir para uma transformação global – e que prosperará para as gerações futuras”, afirmou o ministro do Meio Ambiente e Água dos Emirados Árabes Unidos, Rashid Ahmed Bin Fahad.

Ao discursar pelos parceiros da Page, Achim Steiner, subsecretário da ONU e diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), declarou: “Gostaria de agradecer ao governo dos Emirados Árabes Unidos, em especial o Sheikh Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, por sediar a conferência inaugural da Page em Dubai, permitindo às nações que troquem experiências e criem oportunidades para um mundo mais próspero e sustentável. Está cada vez mais evidente que crescimento e prosperidade devem ser fomentados dentro dos limites ecológicos de um mundo com recursos limitados”.

Potencial positivo
Segundo Steiner a Page tem o potencial para ajudar países a melhorar o bem estar humano e a equidade social, ao mesmo tempo em que pode reduzir significantemente os riscos ambientais e a escassez ecológica, alinhada com as prioridades de desenvolvimento. "O crescimento de emprego e renda será motivado por investimentos públicos e privado que podem reduzir as emissões de carbono e a poluição, fomentar a eficiência energética e de recursos, e prevenir perda de biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.”

“Chegou o momento de assegurar que até 2015 – quando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio serão substituídos pelos os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – a comunidade global tenha definida a estratégia e as políticas para integrar totalmente a natureza com o planejamento econômico. Fazer com que as 1,2 bilhão de pessoas mais pobres do mundo tenham uma vida digna requer capacitação e troca de experiências em finanças, inovação e tecnologia, junto com uma governança efetiva e uma parceria mutuamente efetiva em todos os níveis”, completou o diretor executivo do Pnuma.

Pacote amplo
No contexto da Page, agências da ONU – Pnuma, Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e o Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (Unitar) – vão garantir um pacote amplo de serviços da economia verde que possibilitará aos países ajustarem suas estruturas econômicas para atender demandas crescentes e desafios do século 21. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) também fará parte da Page.

Também participaram do evento ministros e representantes de alto nível de África do Sul, Armênia, Butão, Brasil, Burkina Faso, Cambodia, China, Dinamarca, Gana, Indonésia, Jordânia, Quênia, Ilhas Maurício, México, Marrocos, Moldova, Noruega, Palestina, Santa Lúcia, Senegal, Seychelles, Tanzânia, Tunísia, Uganda e Uruguai.

A conferência aborda assuntos relevantes como: empregos verdes e decentes; políticas fiscais e investimentos; políticas para indústrias verdes; inclusão social e erradicação da pobreza; políticas de negócios e investimentos; e métricas e indicadores para a economia verde inclusiva.

Resultados
Espera-se que os resultados da conferência contribuam para as negociações da agenda de desenvolvimento pós-2015, em andamento nas Nações Unidas, além de outros fóruns internacionais, como a primeira Conferência Ambiental das Nações Unidas no PNUMA (UNEA), que será realizada em junho.

O evento é também um das primeiras oportunidades desde a Rio+20 para que governos e outros interessados avaliem o progresso nacional da Economia Verde como uma ferramenta para o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza. O documento final da Rio+20, O Futuro Que Queremos, orienta as Nações Unidas a apoiar a transição para uma economia mais verde e inclusiva. A Page foi criada em 2013 pelo Pnuma, OIT, Unido e Unitar para atender esta orientação.
Fonte: EcoD

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